28 DE OUTUBRO DE 2016
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A Sr.ª Vânia Dias da Silva (CDS-PP): — Ora bem!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — É uma questão de exemplo e de a democracia ser saudável.
O Sr. Deputado João Oliveira vem apelidar-nos de extrema-direita…
O Sr. João Oliveira (PCP): — Não vem, não!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): —… quando o PCP apresenta uma moção ao congresso que, de resto,
faz a reabilitação da União Soviética e até diz que a União Soviética é que estava certa?!
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Tem de lavar os ouvidos! Ou de usar cotonetes!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — E quando, de alguma forma, «limpa» os eventos de Budapeste e Praga
que fazem 60 anos nesta semana?
Mas, Sr. Deputado, há uma coisa que não se escapa de ouvir: somos coerentes!
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem de concluir.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Termino, Sr. Presidente.
Quando pedimos um esforço — e não fomos nós que o pedimos, mas o seu Governo e a sua maioria,
aumentando o IMI dos portugueses por causa do sol ou das vistas —, damos o exemplo.
E há outra coisa que ficámos todos a perceber: o PCP, quando se trata da sua propriedade, é o primeiro a ir
a correr em busca de defender os proprietários.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Peço a palavra, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado João Oliveira, pede a palavra para que efeito?
O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, para intervir.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, há a tradição de que nos agendamentos potestativos são os partidos
responsáveis pela marcação que encerram os debates, mas este não é o caso.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, se me permite, o agendamento foi do PSD, que entendeu
gastar o tempo todo a que tinha direito.
O Sr. Presidente: — Faça favor, Sr. Deputado.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, muito brevemente, queria dizer o seguinte ao Sr. Deputado
Nuno Magalhães: afinal de contas percebemos que o projeto do CDS visava o PCP, e percebemos porquê.
Protestos do CDS-PP.
É que o PCP, neste debate, é, de facto, um exemplo. É um exemplo de quem se financia com o seu próprio
esforço, com o esforço dos seus militantes e não depende das subvenções do Estado ou de favores de empresas
para se financiar.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Ai não?!