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4 DE NOVEMBRO DE 2016

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E António Costa, Primeiro-Ministro, diz ao Partido Socialista e aos outros parceiros «digam aos portugueses

que aguentem; só assim nos podemos também aguentar nós no Governo.»

Aplausos do PSD.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Já ganhou o congresso do PSD!

Risos do PS.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — E se alguma voz da oposição, ou mesmo sem ser da oposição, perguntar

«será que o País aguenta?», o Dr. António Costa pode estar a rir-se e não vai ter coragem de o dizer à Deputada

Catarina e ao Deputado Jerónimo, mas, nessa altura, vai pensar baixinho: «Aguenta, aguenta. É a maneira de

eu me aguentar!»

Aplausos do PSD.

Mas, Sr. Primeiro-Ministro, Sr.as e Srs. Deputados, é verdade que não são os únicos, não são os únicos a

assobiar para o ar.

Numa altura em que estes serviços públicos estão ameaçados, também é caso para perguntar: onde estão

os agitadores de outrora? E refiro-me só àqueles mais mediáticos, aqueles dois ou três que…

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Mário Nogueira e Arménio Carlos?

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Está a falar de Schäuble? Ou da Goldman Sachs?

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … representam alguns sindicatos nada politizados, e esses, agora, apesar

de serem sindicalistas, estão de greve. Repito, esses sindicalistas estão de greve!

Risos e aplausos do PSD e do CDS-PP.

Falam pelo silêncio, calam porque consentem.

Sr.as e Srs. Deputados, este Orçamento, já o dissemos nesta Câmara hoje, é eleitoralista, é injusto, tem mais

austeridade e prolonga a estagnação e a agonia da economia.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Mas isso são ciúmes?

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Olha-se para este documento e pergunta-se: para onde vamos? Olha-se

para este documento e pergunta-se: como é que o País vai criar mais riqueza? Olha-se para este Orçamento e

pergunta-se: como é que o País vai esbater as desigualdades sociais que tem ainda, e muito assinaláveis? Olha-

se para este Orçamento e pergunta-se: como é que o Estado vai garantir o Estado social? Como é que vamos

fixar os jovens e como é que lhes vamos dar uma oportunidade? Como é que vamos atrair investimento? Que

reformas vamos fazer para tornar o País mais competitivo, para tornar a Administração Pública mais eficiente,

para sermos mais competitivos na Europa e no mundo? Que esperança vamos dar às pessoas para que nos

ajudem e se mobilizem para desenvolver a nossa sociedade?

Estas são as perguntas que se colocam a este Orçamento, mas este Orçamento, infelizmente, não responde

a nada disto.

Este Orçamento é mau para Portugal. É bom para aqueles que se preocupam e só querem aguentar, mas é

mau para os que querem crescer e erguer mais oportunidades para as nossas populações.

Aplausos do PSD, de pé, e de Deputados do CDS-PP.

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