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4 DE NOVEMBRO DE 2016

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Quem está nas escolas sabe de tudo isso, mas aqueles Deputados que se entretêm a fazer conferências de

imprensa em superfícies comerciais a exigir a demissão do Ministro por historietas mal contadas não sabem

disto. E, como não sabem disto, não sabem do País. Mas o País sabe que isto é verdade!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João Almeida, do Grupo

Parlamentar do CDS-PP.

O Sr. JoãoPinhodeAlmeida (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Antes de mais, deixo

uma nota relativamente a esta última intervenção.

É extraordinário que um partido fale da pesada herança quando deixou, por exemplo, citando apenas uma

área, a da saúde, 2000 milhões de euros de dívida, que o Governo PSD/CDS teve de pagar. Na altura mais

difícil em que teve de exercer funções governativas, o Governo PSD/CDS pagou o que os senhores deixaram

por pagar na saúde!

Aplausos do CDS-PP.

E, já agora, se querem falar em pagar compromissos, paguem ao ensino especial aquilo que estão a dever.

Seria sério que pagassem, neste momento — não falo de um Governo passado pagar, falo neste momento —,

ao ensino especial, a crianças com dificuldades aquilo que os senhores estão a dever, porque as pessoas têm

vindo queixar-se ao Parlamento que os senhores não pagam.

A Sr.ª AssunçãoCristas (CDS-PP): — É verdade!

O Sr. JoãoPinhodeAlmeida (CDS-PP): — Por isso, cumpram com as vossas obrigações antes de falarem

do passado e antes de criarem ilusionismo contabilístico!

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, já tivemos ocasião de dizer que este é o Orçamento da oportunidade

perdida, desde logo oportunidade perdida pelo Partido Socialista.

Depois do falhanço do último ano em matéria de crescimento económico — nada mais, nada menos do que

o grande objetivo do Partido Socialista para a governação —, esperávamos que este fosse o Orçamento em que

o Partido Socialista se reconciliava com esse crescimento económico.

De facto, um partido que passou quatro anos a dizer que o Governo de então, numa altura tão difícil, tinha

responsabilidade de conduzir o País, que tinha uma obsessão com o défice e que não olhava para o crescimento

económico apresentar uma taxa de crescimento que corresponde a metade daquilo que previu conseguir é um

falhanço épico. É um falhanço épico que merecia, um ano depois, no mínimo, uma correção. E os senhores não

corrigem não porque não queiram — reconheço! — mas porque não são capazes.

É extraordinário que, ao fim de um ano de dizerem que tudo ia mudar em Portugal — ia mudar a política, iam

cair os muros, ia crescer a economia, tudo ia mudar —, a única coisa que mudou foi o quadro das previsões do

Dr. Centeno, que ficou pela metade daquilo que ele próprio prometeu.

Aplausos do CDS-PP.

Os senhores não conseguiram mudar o País, os senhores só conseguiram mudar a vossa própria

credibilidade, que caiu por terra em apenas um ano.

Mas, pior: os senhores não se reconciliaram com o crescimento económico e, pasme-se, foram reconciliar-

se com o enorme aumento de impostos, aquele que sempre criticaram e que agora, pelo segundo ano

consecutivo, acolhem de bom grado no vosso Orçamento.

A Sr.ª AssunçãoCristas (CDS-PP): — Muito bem!

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