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4 DE NOVEMBRO DE 2016

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Por último, vai ter de explicar como é que consegue falar da escola pública, das necessidades da escola

pública e das falhas de investimento na escola pública e, ao mesmo tempo, defender o cheque-ensino, que é o

lucro dos colégios. Vai ter de explicar qual é a coerência em intervir aqui e rasgar as vestes pela defesa da

escola pública…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Das escolas públicas que estão fechadas ou das que estão abertas?!

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — … e ter uma presidente que não tem pudor em dizer «sacrifique-se a escola

pública».

Protestos do CDS-PP.

Vai ter de explicar quanto é que seria o sacrifício orçamental da escola pública. Vai ter de explicar como é

que se traduziria em euros de corte no Orçamento o sacrifício que a Deputada Assunção Cristas queria fazer à

escola pública.

Protestos da Deputada do CDS-PP Assunção Cristas.

Há muito para o CDS explicar e, Srs. Deputados, uma coisa é verdade: versão 1 ou versão 2 deste Orçamento

as duas são melhores do que qualquer um que o CDS pudesse apresentar.

O CDS está a esconder o seu verdadeiro programa, está a esconder, está a criar uma versão «fofinha»

daquele que seria o seu Orçamento, mas já toda a gente percebeu que esta versão «fofinha» só serve a

campanha eleitoral, não serve o País!

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Eurico Brilhante Dias, do

Grupo Parlamentar do PS.

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado João Almeida, devo dizer que, apesar de

não ter gostado de ouvir a sua intervenção, apesar de tudo, prefiro este CDS 2.0.

Estamos, agora, quase em cima da Web Summit e deixe-me dizer-lhe que, de facto, este CDS 2.0 é bastante

mais interessante do que aquele que governou o País durante quatro anos.

Um dos aspetos que acho mais interessantes neste debate do Orçamento do Estado para 2017 é o facto de

quer o Sr. Ministro das Finanças quer outros Deputados trazerem pequenos apontamentos líricos. Eu, ouvindo

o Sr. Deputado, lembrei-me de Shakespeare, mas tive de fazer uma ligeira adaptação na frase. A ligeira

adaptação é a seguinte: é bem pior ser escravo dos vossos silêncios do que rei das vossas palavras!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Silêncios?! Está a falar de quê?!

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Isto porque, durante os quatro anos em que o CDS foi Governo, quando

tivemos, nesta Câmara, o debate sobre o enorme aumento de impostos, os senhores votaram a favor; quando

tivemos, nesta Câmara, o debate sobre a sobretaxa, os senhores votaram a favor; quanto tivemos, nesta

Câmara, o debate sobre o corte nas pensões, os senhores votaram a favor; quando falámos em Orçamentos de

Estado que diminuíram o rendimento social de inserção e o complemento solidário para idosos, os senhores

votaram a favor; quando, nesta Câmara, procurámos ter alternativas a esse caminho, que era um caminho que

não tinha alternativa, os senhores votaram contra as propostas desta bancada.

Aplausos do PS.

Os senhores, com o vosso silêncio, durante quatro anos,…

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