O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 20

42

Protestos do PS e do PCP.

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — O que é isso?!…

A Sr.ª Berta Cabral (PSD): — Está, efetivamente! Meteu a «cassete» e…

Protestos do PS e do PCP.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Peço aos Srs. Deputados um pouco mais de calma para que

possamos ouvir a oradora.

A Sr.ª Berta Cabral (PSD): — Vou repetir: o Sr. Deputado da Juventude Socialista (JS) está de cabeça

perdida!

Protestos do PS.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Sr.ª Deputada Berta Cabral, peço que espere um pouco, na

expectativa de que os Srs. Deputados criem condições para que a possamos ouvir.

A Sr.ª Berta Cabral (PSD): — A geração a que o senhor pertence já percebeu que o senhor está de cabeça

perdida!

Protestos do PS, do BE e do PCP.

O Sr. Deputado meteu a «cassete» do seu partido e, a partir daí, continuou a ladainha sobre o Governo

anterior, quando a verdade é que as bolsas aumentaram com o nosso Governo, enquanto a emigração

aumentou com o Governo do Eng.º José Sócrates. E agora vem falar em pensões, quando, na verdade, a vossa

geração, neste momento, com a política do vosso Governo, nem sabe se vai ter pensões!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Pode sentar-se que isto hoje está ganho!

A Sr.ª Berta Cabral (PSD): — De facto, assistimos aqui a uma discussão em que o Sr. Ministro do Trabalho,

da Solidariedade e da Segurança Social não conseguiu explicar aos portugueses por que é que as pensões

mais baixas não são aumentadas. E o Sr. Deputado também não conseguiu explicá-lo! Nem conseguiu, por

outro lado, explicar por que razão há reduções nas verbas para a educação. Os senhores falam de educação,

mas num Orçamento em que há menos 140 milhões de euros nas rubricas deste setor, é caso para dizer que

há «muita parra e pouca uva».

O Sr. Deputado referiu-se, por outro lado, ao emprego, mas 50% do emprego criado é precário, o que significa

que o que os senhores nos trazem, no conjunto das vossas afirmações, é uma «mão cheia de nada». Sabe,

portanto, tão bem como nós que este é um Orçamento de austeridade, um Orçamento falhado e injusto, uma

vez que dá aos que mais têm, retirando a CES e acabando com a sobretaxa, e não dá aos que menos têm, que

são os beneficiários das pensões mínimas.

Por tudo isto, Sr. Deputado, o que lhe pergunto é se, como jovem, acredita mesmo no futuro da sua geração,

com estas políticas de curto prazo que apenas têm em conta a sobrevivência deste Governo.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado João Torres.

O Sr. João Torres (PS): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Berta Cabral, com a sua intervenção fica nítido,

para toda a Câmara, quem está de cabeça perdida no debate do Orçamento do Estado para 2017.

Páginas Relacionadas
Página 0047:
5 DE NOVEMBRO DE 2016 47 TAP, Sr. Ministro, não podemos deixar de manifestar aqui a
Pág.Página 47