O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

9 DE DEZEMBRO DE 2016

37

também à dívida italiana — e, portanto, é precisamente neste momento de maior vulnerabilidade que o Primeiro-

Ministro de Portugal recoloca o problema em cima da mesa. E, veja bem, com tanta coisa que pode acontecer

daqui por um ano, imagine que se as pessoas levarem a sério aquilo que disse nesta entrevista e nada acontecer

conforme as suas previsões de que vai haver uma grande abertura para essa renegociação da dívida…

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, já ultrapassou o seu tempo. Peço-lhe que conclua.

O Sr. Miguel Morgado (PSD): — Vou terminar, Sr. Presidente.

Se as pessoas o levarem a sério, a única coisa que vai sobrar é que não vai haver renegociação da dívida e

que o Primeiro-Ministro de Portugal não acredita na sustentabilidade da sua própria dívida. Isto é expor os

portugueses a um risco tremendo e totalmente evitável.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Catarina Martins, do Grupo

Parlamentar do Bloco de Esquerda.

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro: O maior risco que o País corre é se

não enfrentar os problemas que tem e, por isso, é importante reconhecer que é necessário reestruturar a dívida

pública e foi com expectativa que o ouvimos falar sobre isso mesmo. Varrer problemas para debaixo do tapete

dá sempre mau resultado.

Mas é preciso olhar para a destruição que foi feita até agora para se reconhecer essa inevitabilidade e é

preciso olhar também para a extrema vulnerabilidade em que o nosso País se encontra para percebermos a

urgência de fazer do reconhecimento da necessidade da reestruturação da dívida pública uma política efetiva

para a reestruturação da dívida.

Se o Banco Central Europeu interrompesse o programa de compra de dívida nos mercados secundários,

Portugal, à semelhança de outros países europeus, desde logo alguns com as maiores economias, como

Espanha ou Itália, poderia ficar numa situação de insolvência ou, pelo menos, com custos absolutamente

incomportáveis em termos de juros da dívida.

A vulnerabilidade do nosso País tem a ver com o facto de o Banco Central Europeu ter uma decisão que é

inteiramente política e mesmo discricionária. E basta uma palavra do Banco Central Europeu à agência de rating

DBRS para que o programa possa acabar.

Protestos de Deputados do PSD.

Portanto, estamos dependentes do bom senso das instituições europeias, algo que, no final de 2016,

ninguém pode acreditar que exista. E se para a Alemanha, porque é a Alemanha, tudo correrá bem, e para a

França, porque é a França, tudo correrá bem, sabemos que Portugal, como é Portugal, está sempre sujeito a

sanções e a chantagens.

Por isso, para nós, é preocupante que o Primeiro-Ministro espere das instituições europeias luz verde para

um processo de reestruturação da dívida que já toda a gente reconhece ser urgente. Se, em 2011, éramos

poucos a defender que a reestruturação da dívida era a resposta que a troica nunca traria para sairmos da crise,

o caminho feito desde aí, desde o «manifesto dos 74» até chegarmos a 2016 nesta situação em que economistas

como Vítor Bento, Manuela Ferreira Leite e, agora, até mesmo Teodora Cardoso vêm reconhecer ser necessário

reestruturar a dívida, só mostra como este caminho é urgente.

Risos de Deputados do PSD.

Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, para o Bloco de Esquerda o próximo Conselho Europeu deveria ter na agenda

a reestruturação das dívidas públicas dos países que são vítimas das assimetrias e das regras do euro. E, em

vez disso, na última reunião do Eurogrupo, Schäuble vetou esse debate e colocou-o na gaveta. Em 2015, a

Grécia aceitou um novo resgate em troca da garantia de uma reestruturação, e continua à espera. O Primeiro-

Páginas Relacionadas
Página 0003:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 3 O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Mi
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 27 4 Reunimos, pois, as condições para concretizar a
Pág.Página 4
Página 0005:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 5 As comunidades intermunicipais têm de ter um papel importan
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 27 6 O Sr. Presidente: — Para formular perguntas, te
Pág.Página 6
Página 0007:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 7 ao processo de recapitalização; pelo contrário, só ouvimos
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 27 8 Agora, convém não confundir o que é acessório d
Pág.Página 8
Página 0009:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 9 O Sr. Primeiro-Ministro: — Creio que o Sr. Deputado sabe be
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 27 10 O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — Sr.
Pág.Página 10
Página 0011:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 11 O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Pri
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 27 12 O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr
Pág.Página 12
Página 0013:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 13 A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr. Presidente, Sr. Primei
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 27 14 A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Há, neste País
Pág.Página 14
Página 0015:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 15 sobretudo, não se pode transformar no sacrifício de vidas
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 27 16 inaceitáveis, também estamos na Comissão de In
Pág.Página 16
Página 0017:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 17 É por isso que a Caixa manterá, no seu plano de reestrutur
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 27 18 O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presiden
Pág.Página 18
Página 0019:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 19 lhes disse algo que não era capaz de cumprir e não consegu
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 27 20 O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.
Pág.Página 20
Página 0021:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 21 A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente,
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 27 22 O Sr. Presidente: — Tem a palavra, de novo, a
Pág.Página 22
Página 0023:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 23 O Sr. Primeiro-Ministro: — Se assegurarmos a estabi
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 27 24 O Sr. Presidente: — Para responder, tem
Pág.Página 24
Página 0025:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 25 lá tem 4,9 mil milhões de euros, e com a transferência do
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 27 26 recentes confirmam a opinião de que há muito t
Pág.Página 26
Página 0027:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 27 O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Primeiro-Min
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 27 28 Na minha visita de trabalho ao novo Presidente
Pág.Página 28
Página 0029:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 29 O Sr. Primeiro-Ministro: — Portanto, se queremos ter um ba
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 27 30 Aplausos do PS. Em primei
Pág.Página 30
Página 0031:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 31 Depósitos? Que nunca colocou na agenda o comprometimento d
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 27 32 também foi ignorada durante os últimos quatro
Pág.Página 32
Página 0033:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 33 Como é que foi possível, ao longo de todos aqueles anos, t
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 27 34 sistema financeiro e entrar em 2017 com confia
Pág.Página 34
Página 0035:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 35 buscam na União Europeia a proteção internacional a que tê
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 27 36 que saúda o compromisso do Governo português p
Pág.Página 36
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 27 38 Ministro italiano, Matteo Renzi, foi apresenta
Pág.Página 38
Página 0039:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 39 Neste Conselho, temos o tema das migrações, um tema muito,
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 27 40 Outra questão: à margem do Conselho vão reunir
Pág.Página 40
Página 0041:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 41 Por isso, em Portugal, temos o dever de dizer que renegoci
Pág.Página 41
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 27 42 qualidade da iniciativa, da qualidade de vida
Pág.Página 42
Página 0043:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 43 Em segundo lugar, relativamente a duas questões colocadas
Pág.Página 43
Página 0044:
I SÉRIE — NÚMERO 27 44 com bom senso, o que, porventura, falta a outr
Pág.Página 44
Página 0045:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 45 O Sr. Presidente: — Obrigado, Sr. Primeiro-Ministro
Pág.Página 45
Página 0046:
I SÉRIE — NÚMERO 27 46 bom andamento dos trabalhos, diligencie junto
Pág.Página 46
Página 0047:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 47 O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Presidente da 1.ª
Pág.Página 47
Página 0048:
I SÉRIE — NÚMERO 27 48 O Sr. Presidente: — Os grupos parlamentares as
Pág.Página 48
Página 0049:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 49 O processo de fabrico do barro preto de Bisalhães havia já
Pág.Página 49
Página 0050:
I SÉRIE — NÚMERO 27 50 e independente às pessoas com deficiência — um
Pág.Página 50
Página 0051:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 51 Srs. Deputados, o projeto de lei baixa à 1.ª Comissão.
Pág.Página 51
Página 0052:
I SÉRIE — NÚMERO 27 52 Votamos, agora, o terceiro ponto do projeto de
Pág.Página 52
Página 0053:
9 DE DEZEMBRO DE 2016 53 Votamos o projeto de resolução n.º 348/XIII (1.ª) — Recome
Pág.Página 53
Página 0054:
I SÉRIE — NÚMERO 27 54 (1.ª) — Apresentada pela Associação Projeto Ar
Pág.Página 54