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I SÉRIE — NÚMERO 32

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Mas vamos ao outro lado, vamos às promessas e aos compromissos do Sr. Primeiro-Ministro e do seu

Governo.

Em primeiro lugar, prometeu um crescimento económico de 2,4%, o famoso crescimento económico que iria

resolver todos os problemas. Vamos ver, no final do ano, mas a verdade é que andará à volta de 1,2%, bem

longe do crescimento de 1,6% que o Governo anterior alcançou em 2015.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — E devo dizer-lhe que nos preocupa tanto mais quando olhamos para

as projeções do seu Governo no Orçamento para o próximo ano e para as das instituições internacionais e

vemos que, na verdade, em nenhum dos próximos anos voltaremos, previsivelmente, a ter um comportamento

tão bom. Como é que pode estar satisfeito com o falhanço rotundo da sua política económica?

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Em segundo lugar, prometeu o fim da austeridade, o que incumpriu

redondamente. Deu com uma mão, é verdade, mas foi tirar com a outra, ou com as duas, diria mesmo. Basta

olhar para os dados da execução orçamental para verificar que nunca foram arrecadados tantos impostos como

neste ano.

Pergunto ao Sr. Ministro das Finanças: objetivamente, foi sacado mais dinheiro do bolso dos contribuintes e

das empresas?

Vozes do CDS-PP: — Exatamente!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Não removeu o enorme aumento de impostos, não eliminou a

sobretaxa, não mexeu nos escalões do IRS (imposto sobre o rendimento das pessoas singulares) e, pelo

contrário, criou novos impostos. Basta olhar para a taxa dos combustíveis, que, direta ou indiretamente, cai no

bolso de todos, e ainda agora foram anunciados também mais aumentos nos transportes públicos.

O Sr. João Galamba (PS): — Isso não tem nada a ver com o imposto!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Prometeu mais investimento público. Pois bem, nunca ele esteve tão

baixo quanto neste ano que passou. Em 2015, o investimento público cresceu 18,5%; em 2016, diminuiu 16%.

Quando diz que agora vai aumentar 21%, pergunto-lhe se não vai acontecer o mesmo que neste ano, em que

prometeu que ia aumentar 11% e diminuiu 16%. Espero que não volte a acontecer.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — O que é feito do programa das infraestruturas, o PETI (Plano

Estratégico dos Transportes e Infraestruturas)? Nem falar. Anúncios, anúncios… Concretização e execução,

zero. Prometeu qualidade nos serviços públicos e, então nesse aspeto, acho que é um desastre. O efeito das

suas cativações é desastroso.

A Sr.ª Vânia Dias da Silva (CDS-PP): — Muito bem!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Hoje, saíram notícias sobre a escola de Carcavelos — por acaso

visitei-a há poucos meses — que não vai abrir em janeiro porque não tem condições de segurança. Saem

notícias todos os dias sobre a degradação enorme da qualidade da saúde nas urgências dos hospitais, a ponto

de o seu Ministro, apesar de lamentar, ter confessado publicamente não ter mais dinheiro para a saúde. Então,

onde está o amor ao Serviço Nacional de Saúde?

Na verdade, os portugueses têm pagado e continuarão a pagar com impostos, com degradação dos serviços

públicos o preço da sua permanência no poder e o preço da sua solução governativa. E mais: vão pagar hoje e

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