O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 47

26

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — … mas é importante saber aquilo que se quer, isto é, se se prefere

vender ou se se prefere que ele permaneça na esfera pública, porque, aparentemente, e parece-me que isto é

óbvio, PCP e Bloco de Esquerda acham que não se deve tentar vender, de todo, que se deve optar pela

nacionalização.

A ideia de que não há uma posição de princípio e de que tanto faz vender como nacionalizar é um pouco

estranha.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Com certeza, Sr. Presidente.

Já ouvi aqui dizer que isto era uma estratégia negocial do Governo, mas a questão que fica no ar é a de

saber se isto é uma estratégia negocial ou se a permanente discussão da nacionalização é, na realidade, um

boicote negocial e esse boicote negocial vai, diretamente, impor perdas aos portugueses. E isto, Srs. Deputados,

não é aceitável!

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem, ainda, a palavra a Sr.ª Deputada Mariana Mortágua.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, Srs. Deputados do PSD e do CDS, os senhores tinham a

Caixa a precisar de recapitalização sem um departamento para recuperar créditos e não fizeram nada!

Enterraram 1100 milhões no BANIF, enterraram 3900 milhões no Novo Banco e não quiseram saber o que

acontecia a esse dinheiro ou, sequer, se esse dinheiro era suficiente.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Exatamente!

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Agora, vêm aqui dizer que os bancos devem ser vendidos e que não há

qualquer problema se forem vendidos dando prejuízo ao Estado e tendo os contribuintes portugueses de pagar

pela venda dos bancos.

Sr.ª Deputada Cecília Meireles, não se pode dizer que não é para vender a todo o custo e, ao mesmo tempo,

dizer-se «nacionalização, nem pensar!», porque o oposto de não vender a todo o custo é nacionalizar, é ter o

controlo público sobre o Banco.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Portanto, Srs. Deputados, hoje, se houver um preço a pagar pelo Novo

Banco é o preço da irresponsabilidade do PSD e do CDS, pela forma como geriram eleitoralmente todo este

processo.

Aplausos do BE e do PS.

Protestos do PSD.

Não puseram no Novo Banco o dinheiro que era preciso, não quiseram saber da gestão do Novo Banco e,

hoje, a «bomba» está a rebentar nas mãos de quem veio a seguir.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem de terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Portanto, Srs. Deputados, não falem sobre a banca nem sobre o que ela

vai custar aos contribuintes, falem sim, preocupem-se sim com o futuro do sistema bancário e, uma vez investido

o dinheiro, com o que devemos fazer em relação a esses bancos.

Páginas Relacionadas
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 47 40 As recentes medidas tomadas pela recém-empossa
Pág.Página 40