O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

3 DE MARÇO DE 2017

33

À cautela, recomendaria atenção: o Programa Escola Nova, da Câmara Municipal de Lisboa, está com um

atraso preocupante. Das nove escolas novas que se previam foram apenas executadas duas e das 48

intervenções de requalificação só 18 foram concluídas.

Por isso, parece-me prudente acautelar que essa segunda fase venha a acontecer para que as boas

intenções, que penso que colherão unanimidade nesta Câmara, de todos os projetos de resolução apresentados

venham, de facto, a ter um bom resultado.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para apresentar o projeto de resolução do PCP, tem a palavra

a Sr.ª Deputada Ana Mesquita.

A Sr.ª AnaMesquita (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Começo por saudar a Plataforma de

Defesa da Escola Básica 2/3 do Alto do Lumiar e os seus representantes, aqui presentes nas galerias, e a luta

que têm desenvolvido em defesa de uma escola digna e com qualidade para todos os que lá estudam e

trabalham.

A Escola Básica 2/3 do Alto do Lumiar, em Lisboa, encontra-se em estado elevado de degradação e exige

uma intervenção urgente.

Foi edificada como uma escola provisória na década de 80 e, hoje, à primeira vista, tem um aspeto de

semiabandono marcado por problemas muito graves que afetam salas de aula e espaços comuns, como a

cozinha, o refeitório, o bar, os espaços de lazer e convívio.

O PCP visitou a escola, em junho de 2016, e deparou-se com uma situação inaceitável, que não pode

continuar e carece de uma solução de fundo.

Apesar de ter sido removido o amianto dos passadiços, ainda há fibrocimento fissurado na cobertura dos

edifícios. As salas de aula não têm condições mínimas de funcionamento: ora o frio é insuportável e os alunos

assistem às aulas de gorro, de luvas ou de mantas, ora chove nas salas de aula, ora, então, o calor é intolerável.

Todo o equipamento se encontra muito degradado, até porque grande parte é ainda o original desde a

construção da escola, em 1986.

Os 558 alunos e os trabalhadores docentes e não docentes veem o seu dia a dia afetado pela falta de

climatização, de água quente para tomar banho, de ginásio, de auditório e de laboratório de Físico-Química.

As janelas são velhas, não promovem o devido isolamento e, muitas vezes, nem sequer abrem ou fecham,

os estores também não funcionam, os pavimentos são irregulares e o sistema elétrico está profundamente

degradado, com fios descarnados, candeeiros suspensos quase por arames e infiltrações no sistema, o que

deve merecer preocupações em matéria de segurança para alunos e trabalhadores da escola.

Nesta matéria, relembro que, na cozinha, onde são confecionadas as refeições diariamente, as arcas

frigoríficas, os fogões e o restante mobiliário também são os mesmos de há 30 anos mas mais ferrugentos e

mais degradados e as trabalhadoras operam num chão velho e esburacado.

Na visita que realizámos e que deu origem a uma moção do PCP pela construção de uma nova escola,

aprovada em reunião da Câmara Municipal de Lisboa, e ao projeto de resolução que hoje apresentamos,

contactámos com a comunidade escolar que defendeu, mais do que uma intervenção de requalificação, a

construção de uma escola nova no mesmo espaço, uma escola que assegure condições de dignidade a toda a

comunidade escolar.

Não nos podemos esquecer de que este é um Território Educativo de Intervenção Prioritária desde 2010, em

resposta a uma comunidade com necessidade de projetos pedagógicos de combate ao insucesso e ao

abandono escolar.

Sr.as e Srs. Deputados: O estado de degradação da escola sede do agrupamento reflete o desinvestimento

material e humano a que esta comunidade tem sido sujeita e que não pode continuar. Não esquecemos que ao

longo dos últimos anos, particularmente nos últimos quatro anos do Governo PSD/CDS, a escola pública foi

sujeita a um profundo desinvestimento, com reflexo negativo nas suas condições de funcionamento. O atual

Governo tem, por isso, de romper com esse caminho e tem de promover o investimento necessário e equilibrado

para dar resposta a estas carências graves e urgentes de todas as escolas e desta também.

Páginas Relacionadas
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 58 24 O nome do Instituto já foi ICN (Instituto da C
Pág.Página 24
Página 0025:
3 DE MARÇO DE 2017 25 a que a Constituição atribui a missão de diálogo social e, po
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 58 26 falta-nos, porém, a presença necessária para t
Pág.Página 26
Página 0027:
3 DE MARÇO DE 2017 27 O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para apresentar o
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 58 28 O Sr. Carlos Alberto Gonçalves (PSD): — Sr. Pr
Pág.Página 28
Página 0029:
3 DE MARÇO DE 2017 29 competências, a sua composição e o seu funcionamento, importa
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 58 30 no âmbito desse processo que está a decorrer,
Pág.Página 30
Página 0031:
3 DE MARÇO DE 2017 31 O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — A Mesa não regist
Pág.Página 31