8 DE ABRIL DE 2017
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Aplausos do CDS-PP.
O Sr. João Galamba (PS): — Este é um problema que vem do Governo que a Sr.ª Deputada apoiou!
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — É exatamente isso que o PS tem feito neste debate, porque já ouvi,
não sei quantas vezes, anunciar a mesma coisa, ou seja, que estão a estudar o problema.
Protestos do Deputado do PS João Galamba.
Em segundo lugar, em relação à questão da Diretiva, aquilo que eu disse aos Srs. Deputados é que temos
total abertura — repito, total abertura —, mas, pura e simplesmente, não podemos acompanhar essa ideia
totalitária de que apenas o PS pode ter opinião e apenas o Governo pode discutir as questões.
Quanto à questão da segregação dos balcões, o Sr. Deputado Eurico Brilhante Dias esqueceu-se,
porventura, de que, sim, houve produtos que foram vendidos em balcões separados…
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Enganou-se!
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — … e muitos dos lesados estão exatamente excluídos da solução que
os senhores encontraram, porque são os do Banque Privée.
Vozes do CDS-PP: — Ora…!
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Foi disso que o Sr. Deputado se esqueceu. Se acha que eles são
lesados como os outros, talvez fosse bom aplicar-lhes a mesma solução que aplicou aos outros.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra, para uma intervenção, a Sr.ª Deputada Mariana
Mortágua, do Bloco de Esquerda.
A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, tenho dificuldade em debater com o PSD, uma vez que
não posso debater as suas propostas, porque não trouxe nenhuma,…
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Trouxe zero propostas!
A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — … e não posso responder a críticas, porque nos critica por coisas falsas,
que é a forma mais fácil de fazer críticas.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Não leram as nossas propostas!
A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Portanto, a conclusão que tiro é que o PSD é absolutamente irrelevante
para este debate e, por isso, passo a dirigir-me ao CDS.
Aplausos do BE.
Nos projetos que o CDS trouxe a este debate, há virtudes que acompanhamos. Mas, sobretudo no que diz
respeito à supervisão, achamos que há propostas que são relativamente inócuas. Passo a explicar porquê.
O CDS quer resolver os problemas de supervisão que foi identificando ao longo destes anos e deste processo
sem mexer no próprio modelo de supervisão, sem ter em conta a estrutura de supervisão e até sem compreender
os problemas institucionais e culturais da supervisão em Portugal. Isto não quer dizer que estas propostas não
possam ser avanços — e, à partida, têm a concordância do Bloco de Esquerda, porque qualquer pequeno