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I SÉRIE — NÚMERO 90

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Pela primeira vez, criámos uma rede entre os politécnicos, as escolas de hotelaria e turismo e as instituições

de ensino superior, no sentido de trabalharmos articuladamente para planear a oferta de recursos humanos e a

formação necessária em todo o País e para não haver «capelinhas».

A propósito de capelinhas, gosto sempre de dizer que este Governo foi o primeiro que deu atenção e que

está a trabalhar muito intensamente no turismo religioso — o que até parece um bocadinho estranho, tendo em

conta o Governo anterior.

Em relação à qualificação da oferta, temos vários projetos concretos a serem implementados, para dinamizar

e diversificar produtos. Posso dizer-lhe que, neste momento, a nível de projetos incentivados no turismo temos

619 projetos aprovados, no valor global de 450 milhões de euros.

Sr. Deputado António Costa Silva, sobre o agradecimento a todas as pessoas que referiu, devo dizer que o

faço todos os dias a quem está no terreno.

Voltando ao início, ao Governo que mexe, este Governo mexe muito e está sempre no terreno e, portanto,

esse agradecimento faço-o todos os dias e todas as noites a quem está no terreno a trabalhar.

Aplausos do PS.

Porém, também não posso deixar de agradecer aos Srs. Deputados tudo o que aqui têm feito e julgo que só

assim é que conseguiremos, de facto, fazer do nosso País um País melhor.

Quanto às entidades regionais de turismo, como sabe, também lhes tenho dado imensa força, precisamente

no terreno. Tenho estado no terreno com eles, a trabalhar muito. Pela primeira vez na história, fizemos uma

reunião, ainda este mês e por acaso foi no Algarve, para em conjunto se discutir o futuro, o que queremos, das

entidades regionais de turismo. Mas estamos todos a trabalhar em conjunto para garantir que isto aconteça.

Isto não quer dizer que os municípios e as comunidades intermunicipais não tenham naturalmente de ter

competências próprias para a promoção sub-regional — não estamos a falar a nível regional mas, sim, sub-

regional —, mas sempre, sempre, em articulação com a respetiva entidade regional de turismo que é quem tem

e terá sempre a competência, até haver uma reforma, da promoção e da estruturação do produto.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Ferreira.

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Começo por saudar o

Partido Socialista por ter agendado para discussão um assunto que hoje assume muita importância e que, por

isso, exige a nossa reflexão.

Na verdade, temos vindo a assistir a uma grande intensificação do turismo no nosso País, diria mesmo, que

não será ficção afirmar que Portugal está na moda.

Mas esta realidade tem de ser olhada com cautela, porque este crescimento do turismo não traz apenas

vantagens, sobretudo quando é centrado nas grandes cidades como Lisboa ou Porto.

Por isso mesmo, é necessário garantir o turismo sustentável, é preciso pensar nas pessoas, nos residentes,

nas comunidades que atribuem singularidade às grandes cidades para não se correr o risco de «matar a galinha

dos ovos de ouro».

De facto, assistimos hoje a uma alteração profunda das dinâmicas habitacionais nas áreas metropolitanas

do País.

A drástica subida dos valores do arrendamento tem levado à expulsão da população das áreas mais centrais

das grandes cidades, como Lisboa.

Se a isto somarmos a brutal queda da oferta e o aumento exponencial dos valores para aquisição de casa

própria, temos o resultado: o acesso à habitação nas grandes cidades é um privilégio de poucos e um direito

praticamente inacessível às famílias portuguesas.

Temos, assim, motivos suficientes para estarmos preocupados com a gentrificação que se está a verificar.

Gentrificação que, aliás, se agravou com a forte intensificação do turismo e do alojamento para fins turísticos

que, sobretudo, Lisboa e Porto estão a viver.

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