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I SÉRIE — NÚMERO 109

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Fundador e diretor do Instituto Macrobiótico de Portugal, fez da sua vida um exemplo. Nas suas próprias

palavras, ‘a macrobiótica não é exclusivamente uma dieta, um regime mas, sim, um estilo de vida que tem como

objetivo último ajudar-nos a desenvolver o nosso potencial humano, ao seguirmos as leis da natureza de um

ponto de vista biológico (através da alimentação), ecológico (fazendo escolhas diárias que contribuem para uma

melhor qualidade de vida ambiental), social e espiritual (tratando os outros com amor e compaixão e assumindo

a nossa responsabilidade como um pequeno elo numa vasta cadeia de seres e fenómenos)’.

Francisco Varatojo era uma inspiração para todos os que cruzaram o seu caminho. Francisco sonhava com

um mundo melhor, mais saudável, pacífico e sustentável. Dotado de uma enorme Humanidade e bondade,

despertou consciências para as questões da ecologia profunda.

O respeito de Francisco Varatojo pelas pessoas, pelos animais e pela natureza era comovente e também por

isso foi um dos primeiros a apoiar publicamente o projeto do PAN.

Era um ser humano inspirador, culto e visionário, sábio e simples, empreendedor e humilde, amoroso,

bondoso e íntegro, coerente e elegante, entusiasta, carismático e com um sentido de humor contagiante.

É, pois, com profunda tristeza, que a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, enaltece a sua

existência, que muitos tocou, e a sua conduta cívica e ética, pautada por uma elevada consciência, e assinala

o seu falecimento, transmitindo à sua família, amigos e à comunidade o mais sentido pesar».

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, encontram-se vários familiares de Francisco Varatojo presentes nas

galerias.

Vamos votar o voto n.º 364/XIII (2.ª) que acabou de ser lido.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Passamos ao voto n.º 365/XIII (2.ª) — De pesar pelo falecimento de Francisco Varatojo (PSD), que vai ser

lido pelo Sr. Secretário, Deputado Duarte Pacheco.

O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«Faleceu no passado dia 6 de julho, aos 56 anos, Francisco Varatojo, Diretor do Instituto Macrobiótico de

Portugal.

Nascido em Leiria em 1960, estudou no Instituto Kushi de Boston, regressando a Portugal, em 1980, para se

dedicar à educação macrobiótica.

Casado com Eugénia Horta Varatojo, com quem fundou o Instituto Macrobiótico de Portugal, ensinou a

milhares de pessoas os fundamentos de uma vida mais saudável e de uma alimentação adequada.

O seu carisma e influência, a par das suas qualificações e competências, tornou-o uma referência mundial

na abordagem macrobiótica, na cura natural e na resolução de problemas sociais, tendo contribuído para

mudanças e cura de muitas centenas de pessoas, sendo regularmente procurado pelos principais centros

europeus e norte americanos.

Foi colaborador regular dos jornais SOL e A Capital, da revista Pais e Filhos, da revista Xis e dos programas

de TV SIC 10 horas e As Manhãs de Sofia.

Foi autor e coautor de diversos livros, e professor convidado da Escola Superior de Enfermagem Calouste

Gulbenkian. Proferiu inúmeras conferências e palestras em diferentes instituições públicas portuguesas,

nomeadamente na Faculdade de Farmácia de Lisboa e na Faculdade de Medicina de Coimbra.

Foi Presidente da International Macrobiotic Assembly e em 2010 foi agraciado com o Aveline Kushi Award

pelo seu trabalho e dedicação por um mundo melhor.

Ecologista convicto, comunicador nato e influenciador pelo exemplo e pela partilha, Francisco Varatojo

mudou o mundo à sua volta — e continuará a mudá-lo — através da sua obra, das pessoas que tocou e dos

conhecimentos que transmitiu.

Na cerimónia da sua despedida, que encheu o Teatro Thalia com centenas de pessoas, uma frase do próprio,

projetada na parede, era bem demonstrativa do que realizou e da visão que sempre partilhou. Dizia: ‘Uma vida

plena deve ser vivida com espírito de generosidade, temos de dar incessantemente não só bens materiais mas

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