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8 DE SETEMBRO DE 2017

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Do ponto de vista do ataque à autonomia local, este diploma é uma vergonha.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, peço-lhe para terminar.

O Sr. Luís Leite Ramos (PSD): — Vou terminar, Sr. Presidente.

É uma vergonha ver o Partido Socialista suportar iniciativas desta natureza, que são um ataque à autonomia

local e uma declaração de princípio contra a liberdade de iniciativa e de iniciativa privada.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, chegámos ao fim do primeiro ponto, relativo à devolução, sem

promulgação, do Decreto da Assembleia da República sobre o transporte coletivo de superfície de passageiros

na cidade de Lisboa.

Vamos passar ao segundo ponto, que diz respeito às declarações políticas, em que cada grupo parlamentar

dispõe de 5 minutos, sem pedidos de esclarecimento. A ordem das intervenções é a que está prevista.

Em primeiro lugar, pelo PSD, tem a palavra a Sr.ª Deputada Teresa Leal Coelho.

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados, em entrevista ao

Diário de Notícias, a 26 de agosto passado, Manuel Alegre afirmou: «Ao fazer aquilo que é a geringonça, o PS

salvou-se.»

Esta frase revela um programa, afirmado por um histórico militante do Partido Socialista, um programa que

tem custos elevados para o País e demonstra bem as prioridades do Partido Socialista, que opta por salvar o

PS em detrimento do desenvolvimento económico e do progresso de Portugal.

Conciliar o inconciliável é tarefa impossível e os resultados estão à vista no caso Autoeuropa.

Há um preço a pagar aos partidos de esquerda radical que desprezam a economia privada em nome do

superior interesse de uma ideologia caduca, coletivista e estatizante, que os portugueses não querem ver

materializada em Portugal.

Vozes do PSD: — Muito bem!

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — O Partido Comunista e o Bloco de Esquerda adotam um suave discurso

de autoelogio pelas conquistas que impõem ao PS, partido este que os empodera com a solução governativa

pela qual optou, segundo Manuel Alegre, para salvar o PS.

É manifestamente constrangedor o embaraço do PS perante uma tentativa de destruição de uma parcela

muito significativa da economia portuguesa. Os riscos são brutais.

O Sr. HugoLopesSoares (PSD): — Bem lembrado!

A Sr.ª TeresaLealCoelho (PSD): — Em 2011 e 2012, o Governo liderado pelo PSD negociou um dos

maiores projetos de indústria portuguesa dos últimos 10 anos: um investimento feito pela Volkswagen de cerca

de 800 milhões de euros que vai duplicar as exportações da Autoeuropa a partir de Portugal e que resultará na

criação de cerca de 2000 empregos diretos e indiretos.

Este foi o legado que o PSD deixou ao País e ao Partido Socialista, foi uma conquista do Governo de Pedro

Passos Coelho em nome do interesse nacional, do desenvolvimento e do progresso.

O Sr. JoséCesário (PSD): — Muito bem!

A Sr.ª TeresaLealCoelho (PSD): — Durante 26 anos de existência da Autoeuropa em Portugal, com

períodos economicamente conturbados e vários momentos de fragilidade, nunca foi posta em causa a paz social

e o entendimento entre trabalhadores e a administração.

Agora, em 2017, naquele que será, segundo os arautos do atual Governo PS, o ano de maior crescimento

económico desde 2000, a Autoeuropa, um marco da indústria portuguesa de inegável importância para a

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