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19 DE OUTUBRO DE 2017

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Sentimos que a missão a que nos devemos devotar para esses efeitos não é a do desperdício de disputas

sem nexo, nem a do restrito combate partidário, mas, sim, a do combate coletivo a eventos e devastações como

os que temos experimentado e que podem ser diminuídos nos seus danos.

Sentimos que a própria democracia depende desse discernimento e do sucesso dessas confluências mais

ativas e construtivas.

Temos, por isso, a certeza de que, como salientou o Primeiro-Ministro, nada pode ficar como dantes.

Permitam-me também, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados, um registo pessoal. No exercício de outras funções

públicas, passei igualmente por dolorosas experiências, em que provei várias vezes este fel amargo da morte

de amigos e concidadãos.

No dia último deste mês, por exemplo, completar-se-ão 20 anos da tragédia da freguesia da Ribeira Quente,

na ilha de São Miguel, em que faleceram, esmagadas pela montanha, 29 pessoas, muitas das quais segurei

com as minhas mãos, com idades entre as 3 semanas e os 76 anos.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Carlos César (PS): — Sei bem, por isso, como esses sofrimentos consumados também nos fazem

sofrer e nos podem fazer ser mais vigilantes e determinados.

Termino, Sr. Presidente, lembrando que organizar, coordenar, prevenir, combater, como se diz no voto de

pesar desta Assembleia, são as tarefas a que todos, mas todos, temos o dever de corresponder com os melhores

resultados, neste novo ciclo que temos a obrigação de intentar, como disse o Sr. Presidente da República.

Sr. Presidente, este dia de dor é também, por conseguinte, um dia de um percurso de exigência.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, em nome do Grupo Parlamentar do PSD, o Sr. Deputado Hugo Lopes

Soares.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Sr.as e Srs. Membros do Governo,

Sr.as Deputadas e Srs. Deputados: O Grupo Parlamentar do PSD associa-se a este voto de pesar com profunda

dor, com uma palavra de enorme solidariedade com todos aqueles que combateram os fogos nos últimos meses,

com uma palavra de consternação por todos aqueles que viram as suas vidas ceifadas nos incêndios que

ocorreram neste verão e também, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados, com uma palavra de muita e de profunda

indignação.

Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Sr.as e Srs. Membros do Governo, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados:

Nós estamos muito disponíveis para não ficar na história como aqueles que nada fizeram perante estas

circunstâncias, mas sabemos hoje que já ficámos na história por ter falhado.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, esgotado o tempo para intervenções, vamos votar o voto n.º 416/XIII

(3.ª) — De pesar pelas vítimas dos incêndios que deflagraram nos dias 15 e 16 de outubro, apresentado pelo

Presidente da AR.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Sr.as Deputadas e Srs. Deputados, vamos guardar 1 minuto de silêncio.

A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.

Vamos passar ao segundo ponto da ordem de trabalhos, que consta do debate quinzenal com o Primeiro-

Ministro, ao abrigo da alínea b) do n.º 2 do artigo 224.º do Regimento. Como sabem, neste caso, o debate inicia-

se com a fase de perguntas dos Deputados, seguidas das respetivas respostas do Primeiro-Ministro.

A ordem das intervenções vai mudando de debate para debate e hoje cabe ao Grupo Parlamentar do PS

iniciar o debate, pelo que tem a palavra o Sr. Deputado Fernando Rocha Andrade para formular perguntas.

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