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I SÉRIE — NÚMERO 25

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Esta linha de confrontação e imposição da administração da empresa pode ter duas respostas: a nossa, a

do PCP, é a de reafirmar a convicção de que é possível encontrar uma solução adequada, que permita

compatibilizar a produção com os direitos dos trabalhadores; a vossa, a do CDS, é a de fazer queixinhas dos

trabalhadores e exigir ao Governo que ponha os trabalhadores na ordem e ajude o patrão a impor a sua lei.

Já há muitos anos que aparece sempre alguém, nesta Sala, a fazer esse papel, e hoje foi o Sr. Deputado

que veio aqui fazê-lo.

Hoje, como no passado, não é isso que vai amedrontar quem trabalha e quem se recusa a «comer e calar»

perante a exploração, a intimidação e a chantagem.

Aplausos do PCP e de Os Verdes.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra, para responder a estes dois primeiros pedidos

de esclarecimento, o Sr. Deputado Pedro Mota Soares.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados, começo por

responder ao Sr. Deputado Luís Testa, a quem agradeço a pergunta.

O Sr. Deputado perguntou que modelo é que nós temos, e eu respondo-lhe que é o modelo que está na atual

legislação laboral, que V. Ex.ª acabou de elogiar. Convém é que se lembre que o Partido Socialista na oposição

não dizia isso e que o Partido Socialista diz todos os dias ao Partido Comunista, ao Bloco de Esquerda e a Os

Verdes que, afinal, nem gosta assim tanto deste Código do Trabalho e que até quer mudar algumas coisas neste

Código do Trabalho.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Tem dias!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sabe lá o senhor o que é que nos dizem!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Portanto, percebo essa duplicidade do discurso do Partido

Socialista, mas confesso que prefiro este Partido Socialista realista, que percebe que este investimento é

estrutural para Portugal.

Sr. Deputado Bruno Dias, permita-me que lhe diga, em primeiro lugar, muito francamente, o seguinte:

«herdeiros da parada», guarde essa linguagem para os seus colegas de Governo, para os seus amigos do

Governo que o senhor viabiliza todos os dias aqui, no Parlamento.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Essa linguagem dos herdeiros e das famílias políticas parece que é

mais bem aplicada a este Governo do que a outro qualquer.

Em segundo lugar, o Sr. Deputado apresenta-se aqui um bocadinho como se fosse o legítimo representante

dos trabalhadores. Vou ler-lhe o que o sindicalista mais histórico da Autoeuropa, que se chama António Chora

e que trabalhou naquela empresa durante quase 30 anos, disse sobre o Partido Comunista Português, a

propósito deste mesmo processo: «Sim, é claramente o assalto ao castelo e a tentativa de o Partido Comunista

Português pressionar o Governo para algumas cedências noutros lados».

Protestos do PCP.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Deviam ter agendado outra declaração política!

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Sr. Deputado, sabemos muito bem onde é que o Partido Comunista

estava quando a Opel da Azambuja fechou e foi para outros lugares. Passámos de 4000 trabalhadores para

zero.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Muito bem!

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