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I SÉRIE — NÚMERO 31

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A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Registo também da sua intervenção — aliás, essa tem sido uma marca que

o PSD tem trazido nos últimos anos — o medo, a ameaça. Querem amedrontar os trabalhadores, a população,

o povo português.

Primeiro vinha aí o Diabo e agora, em relação à Autoeuropa, traz novamente o discurso da ameaça, a ameaça

da deslocalização, a ameaça da perda dos postos de trabalho. Mas será que esta é uma vontade escondida,

por parte do PSD?

O Sr. João Oliveira (PCP): — Boa pergunta!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — É que não deixa de ser estranho que, quando se perspetiva uma nova

negociação entre os trabalhadores e a administração — e diga-se que os trabalhadores sempre estiveram

disponíveis para essas mesmas negociações —, o PSD traga à Assembleia da República novamente a questão

da Autoeuropa. Mas o que é que pretende? Pretende condicionar essa negociação?

Protestos do Deputado do CDS-PP Hélder Amaral.

Pretende condicionar a negociação de forma a que sejam retirados direitos aos trabalhadores?

Sr.ª Deputada, para o PCP…

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Queira terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Vou terminar, Sr. Presidente.

Para o PCP, as questões relacionadas com o aumento da produção têm de ser acompanhadas da defesa

dos direitos dos trabalhadores.

Garantir condições de trabalho, condições de vida, saúde, a articulação entre a vida profissional e familiar, a

valorização dos seus salários, tudo isto, na nossa perspetiva, é possível com o aumento da produção. Pena é

que o PSD não tenha essa mesma perspetiva, porque tudo aquilo que fez no tempo do seu Governo foi cortar

nos salários, foi retirar direitos e viu-se o resultado: a recessão.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Nada disso!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — De facto, não houve desenvolvimento no nosso País.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Sr.ª Deputada, tem de terminar.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr. Presidente, vou mesmo terminar.

É justa esta luta por parte dos trabalhadores na defesa das suas condições de trabalho e dos seus direitos.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Tem a palavra, para pedir esclarecimentos, a Sr.ª Deputada

Joana Mortágua.

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, aproveito para desejar a todas e a todos um Bom Ano. Que

2018 seja um ano em que o salário mínimo aumente, em que os impostos desçam, em que não haja milhões

investidos para salvar bancos enquanto as pessoas passam fome, em que o desemprego desça, e que seja

também um ano em que empresas como os CTT não sejam privatizadas para alimentar a gula da Goldman

Sachs ou do Deutsche Bank.

Mas a melhor garantia que temos para assegurar este ano que aqui acabei de descrever é a que nos é dada

pelo facto de a Sr.ª Deputada Maria Luís Albuquerque já não ser Ministra das Finanças. Esta é a melhor garantia

que temos de que este ano correrá melhor para as portuguesas e para os portugueses.

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