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5 DE JANEIRO DE 2018

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O Sr. Jorge Duarte Costa (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — A Sr.ª Deputada veio aqui, aliás, como fez também o CDS, compilar um

conjunto de recortes de jornal com notícias sobre o que não correu mal para convencer as pessoas de que vivem

hoje pior do que viviam na altura em que a Sr.ª Deputada era Ministra das Finanças.

O pior não é que esta narrativa não cole com a realidade, não cole com os salários, com as pensões, com

aquilo que melhorou na vida concreta das pessoas, com a economia, com o decrescimento do desemprego, o

pior é que instrumentalize a luta e os direitos dos trabalhadores e que, por puro preconceito sindical, venha

instrumentalizar a luta dos trabalhadores da Autoeuropa pelos seus direitos para fazer esta narrativa de que o

Diabo vem aí.

É inadmissível que o PSD, como o CDS já fez também antes, movido por raiva sindical, venha tentar

desenvolver uma teoria que não corresponde à realidade, porque o que está a acontecer na Autoeuropa, na

verdade, é que a administração se recusa a negociar com os trabalhadores aquilo que é necessário para

estabelecer uma nova linha de montagem para a produção do T-Roc na fábrica de Palmela.

O que pergunto, Sr.ª Deputada, é: qual deve ser a atitude responsável de um Governo? A Sr.ª Deputada foi

Ministra das Finanças. Saberá dizer-me quantos milhões é que o Governo português…

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Queira terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Termino, Sr. Presidente.

Sr.ª Deputada, quantos milhões é que o Governo português, ao longo destes anos, já investiu naquela fábrica

em apoios à formação, em subsídios públicos ou em incentivos fiscais? Quantos milhões é que os contribuintes

não puseram já na fábrica da Autoeuropa?

Diga-me também se, depois desses milhões investidos, a responsabilidade do Governo deste País é apoiar

a administração da fábrica para atropelar os direitos dos trabalhadores ou é exigir respeito à Autoeuropa pelas

condições que este País sempre lhe deu para laborar aqui e pelos seus trabalhadores e pela negociação que

existe dentro da fábrica?

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Maria Luís

Albuquerque.

A Sr.ª Maria Luís Albuquerque (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Paula Santos, a senhora refere

sistematicamente os ataques que teríamos feito…

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Que fizeram!

A Sr.ª Maria Luís Albuquerque (PSD): — … e a retirada de direitos aos trabalhadores.

Sr.ª Deputada, o primeiro direito dos trabalhadores, aquele que mais prezam, é o direito ao trabalho e a um

salário.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — A um salário com direitos!

A Sr.ª Maria Luís Albuquerque (PSD): — Isso implica, Sr.ª Deputada, respeitar também a entidade patronal,

respeitar as empresas que criam os postos de trabalho e as condições para pagar os salários.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Respeito é bonito!

A Sr.ª Maria Luís Albuquerque (PSD): — A forma como os senhores instrumentalizam, e são os senhores

que instrumentalizam…

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