O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

15 DE FEVEREIRO DE 2018

11

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado, mantenho sim. Como sabe, o acordo pressupunha

que o Estado desse uma garantia e, portanto, nesse cenário, se não fosse pago, o Estado também pagaria com

base na garantia.

A razão pela qual, em vez de dar garantia a um empréstimo contraído junto de uma terceira entidade, o

Estado concedeu diretamente esse empréstimo foi a de que, beneficiando hoje o Estado de melhores condições

financeiras, o custo para o Estado, o risco para os próprios e para o Estado seria inferior do que se fosse utilizada

a modalidade anterior, ou seja, contração de empréstimo com garantia.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — E se não pagar?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — No caso de não pagar, o risco é exatamente o mesmo que existiria no caso de

o Estado ter dado garantia.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Pagam os contribuintes?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Do que V. Ex.ª continua a discordar é do pressuposto inicial do acordo: não

deveríamos ter feito o acordo, porque há aqui um risco.

A avaliação que fazemos é a de que o risco da cobrança dos créditos nos quais há esta sub-rogação é um

risco perfeitamente compatível com a garantia que demos, de que os contribuintes não irão pagar,…

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Há um risco para os contribuintes?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … repito, os contribuintes não irão pagar o empréstimo que foi concedido pelo

Estado à Associação dos lesados.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem, ainda, a palavra o Sr. Deputado Hugo Lopes Soares.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Sr. Presidente, o Sr. Primeiro-Ministro acabou de se contradizer a si

próprio: por um lado, garante que os contribuintes não pagarão a fatura dos lesados do BES, por outro, diz «há

um risco, nós achamos que é um risco calculado, mas há um risco».

O Sr. João Galamba (PS): — Claro que é um risco calculado!

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Pois, Sr. Primeiro-Ministro, é dentro desse risco que está a fatura que

os contribuintes vão pagar. E, normalmente, o País está habituado, muito habituado, a que o Partido Socialista

deixe para a frente…

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Esgotou o tempo de que dispunha, Sr. Deputado. Queira concluir.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Sr. Presidente, terminarei, com a mesma tolerância que teve para com

o Sr. Primeiro-Ministro na intervenção inicial.

Como eu estava dizer, Sr. Primeiro-Ministro, o País está muito habituado a que o Partido Socialista deixe

para a frente faturas para os outros pagarem e está a fazer o mesmo agora, com as faturas que está a acumular

no setor da saúde, com a falta de investimento e, sobretudo, Sr. Primeiro-Ministro, com o adiamento constante

das reformas estruturais de que o País precisa.

Termino, Sr. Presidente, dizendo que, mais uma vez, o Sr. Primeiro-Ministro, num debate quinzenal, não

conseguiu responder às perguntas que lhe foram formuladas e escondeu-se sempre atrás da demagogia

política, porque o Sr. Primeiro-Ministro não vem preparado para estes debates quinzenais.

Aplausos do PSD.

Páginas Relacionadas
Página 0003:
15 DE FEVEREIRO DE 2018 3 O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Srs. Deputados, encontr
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 48 4 Segundo: a percentagem de jovens com idades ent
Pág.Página 4
Página 0005:
15 DE FEVEREIRO DE 2018 5 Assegurar as qualificações adequadas implica, por um lado
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 48 6 Ao que parece, os três partidos do Governo estã
Pág.Página 6
Página 0007:
15 DE FEVEREIRO DE 2018 7 consigo, bastou-me ter os votos da bancada que está atrás
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 48 8 O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Sr. Presidente
Pág.Página 8
Página 0009:
15 DE FEVEREIRO DE 2018 9 Por isso, Sr. Deputado, a única coisa que tenho de lhe di
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 48 10 O Sr. Primeiro-Ministro: — … o que, cre
Pág.Página 10
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 48 12 O Sr. João Oliveira (PCP): — Com pergun
Pág.Página 12
Página 0013:
15 DE FEVEREIRO DE 2018 13 Na campanha eleitoral, quando confrontados pelos lesados
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 48 14 investimento público e o investimento nos serv
Pág.Página 14
Página 0015:
15 DE FEVEREIRO DE 2018 15 fundos comunitários, seja de um quadro macroeconómico de
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 48 16 O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a
Pág.Página 16
Página 0017:
15 DE FEVEREIRO DE 2018 17 A Sr.ª Ângela Guerra (PSD): — Oh!…
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 48 18 É nestas metas, que têm o foco no utente, no d
Pág.Página 18
Página 0019:
15 DE FEVEREIRO DE 2018 19 Vozes do PS: — Ah! A Sr.ª Assunção Cristas
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 48 20 para o seu Governo, que são os cuidados de saú
Pág.Página 20
Página 0021:
15 DE FEVEREIRO DE 2018 21 vão ter o seu médico de família, quando é que, afinal, v
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 48 22 A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presid
Pág.Página 22
Página 0023:
15 DE FEVEREIRO DE 2018 23 Sobre um outro assunto, queria deixar-lhe uma pergunta:
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 48 24 O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Agrad
Pág.Página 24
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 48 26 Pergunto, Sr. Primeiro-Ministro: vamos tratar
Pág.Página 26
Página 0027:
15 DE FEVEREIRO DE 2018 27 O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem, de
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 48 28 Essa questão é absolutamente decisiva, porque
Pág.Página 28
Página 0029:
15 DE FEVEREIRO DE 2018 29 O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a pa
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 48 30 Sr. Primeiro-Ministro, o lítio, como é óbvio,
Pág.Página 30
Página 0031:
15 DE FEVEREIRO DE 2018 31 O compromisso do Governo neste domínio torna-se c
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 48 32 A política de ciência não se faz num dia, faz-
Pág.Página 32
Página 0033:
15 DE FEVEREIRO DE 2018 33 Costumo dar o seguinte exemplo: nós, hoje, temos vinhos
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 48 34 recuperámos, na segunda metade de 2016, anteci
Pág.Página 34