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31 DE MARÇO DE 2018

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em discutir e resolver os problemas do SNS não se confunde em nada com a atitude do PSD. Agora, que já não

está no Governo, todos os dias vem dizer mal do SNS para continuar a favorecer os grupos privados.

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Ora bem!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

O Sr. João Dias (PCP): — A saúde, em Portugal, continua doente, muito devido a um conjunto de problemas

estruturais causados pelas políticas de direita que o PS, o PSD e o CDS têm levado a cabo ao longo de décadas

e agravados pelos governos PSD/CDS, que teimosamente o Governo PS insiste em não corrigir.

São disso exemplos reais os edifícios dos centros de saúde degradados e a precisarem de obras de

reabilitação ou os doentes amontoados em macas pelos corredores dos serviços de urgência, onde há uma

enorme falta de profissionais, agravada em períodos de maior afluência, ou a carência de médicos, enfermeiros,

técnicos de saúde, assistentes administrativos e operacionais, com impacto direto na qualidade dos cuidados,

ou o facto de os médicos serem pressionados a ver utentes em 5, 6 ou 7 minutos ou o caso das altas forçadas,

onde os doentes são quase empurrados porta fora só para cumprir indicadores de gestão.

Aquilo a que assistimos ao longo de décadas de políticas de degradação e de destruição do SNS foi a

milhares de portugueses sem médico de família, a encerramento de dezenas de serviços de proximidade, de

centros de saúde, de extensões de saúde, de SAP (serviço de atendimento permanente), urgências hospitalares,

maternidades e outros, a cortes nos apoios ao transporte de doentes não urgentes, a tempos de espera para

cirurgias e consultas de especialidade muito acima do estabelecido com garantia de segurança, ao fecho e

transferência de valências hospitalares, que obrigam a deslocações de dezenas e até centenas de quilómetros.

Bem merece o povo uma outra política de saúde, uma política que, como defende o PCP, lhe permita

assegurar e aceder a cuidados de saúde de qualidade, que garanta o reforço do investimento do SNS, o combate

à privatização da saúde e a valorização dos profissionais, por um SNS de carácter público, universal e gratuito

para todos.

Só desta forma é possível assegurar a todos os utentes os cuidados de saúde de que necessitam, sendo

que para a concretização deste desiderato é fundamental que seja efetivamente interrompida a política levada

a cabo por sucessivos governos com políticas de direita, ou seja, romper com o caminho de desinvestimento do

SNS e de privatização que o PSD e o CDS aprofundaram.

É isto que é necessário que o Governo PS faça.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem agora a palavra o Sr. Deputado José Luís Ferreira, de Os Verdes.

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados,

depois de tudo aquilo que o PSD fez à saúde, ao ouvi-lo falar sobre a saúde, hoje, ficamos com a ideia de que,

afinal, estamos todos doentes dos ouvidos. Às vezes até nos obrigam a abanar a cabeça duas vezes para termos

a certeza de que estamos a ouvir bem, tal é a dimensão da demagogia, da hipocrisia e do cinismo do PSD em

matéria de saúde.

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Muito bem!

Protestos do PSD.

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Mas, Sr. Ministro da Saúde, a situação em que se encontram

muitos dos serviços ao nível da saúde no nosso País é muito pouco saudável. Eu diria até que não é nada

saudável.

Protestos do PSD.

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