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31 DE MARÇO DE 2018

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Uma vez que o Bloco de Esquerda já apresentou um projeto de lei que vai no sentido de garantir a gratuitidade

do transporte não urgente de doentes a mais pessoas, pergunto-lhe, Sr. Ministro, se está disponível para fazer

a alteração à lei de modo a remover estas barreiras de acesso.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Teresa Caeiro.

A Sr.ª TeresaCaeiro (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, Srs. Secretários de Estados, Sr.as e Srs.

Deputados: Penso que o Sr. Ministro já entrou de tal modo em fórmula de propaganda que, utilizando as suas

palavras, vê a realidade como um exercício ficcional. Parece-nos que quem vive no planeta virtual é o Sr. Ministro

e a sua equipa.

A Sr.ª IsabelGalriçaNeto (CDS-PP): — Muito bem!

A Sr.ª TeresaCaeiro (CDS-PP): — O Sr. Ministro disse-nos, na sua intervenção inicial, que este Governo

apostou em dar prioridade às pessoas, apostou nos serviços públicos e, inclusive, falou-nos no reconhecimento

dos estudos de entidades independentes. Mas nada disto bate certo com a realidade, aquela a que assistimos

todos os dias e que de que os jornais falam diariamente.

Sr. Ministro, não há memória de tanto descontentamento, quer por parte dos profissionais de todas as áreas

da saúde, quer por parte dos utentes. Não há memória de tanta conflitualidade. Não há semana em que não

haja uma ameaça ou a concretização de uma greve na área da saúde.

Como é que o Sr. Ministro pode vir dizer que a oposição é que está a fazer um exercício de contorcionismo?

Acho que o Sr. Ministro já está em modo de propaganda, o que faz com que não veja que há atrasos nas

consultas de especialidade, cirurgias programadas que não estão a ser realizadas, atrasos enormíssimos na

abertura de concursos, atrasos em obras fundamentais que estão comprometidas, má gestão na saúde, como

foi reconhecido pelo Ministro Centeno.

No CDS, «não somos todos Centeno», mas ainda bem que o Sr. Ministro e a bancada do Partido Socialista

«são Centeno». Se assim é, insistam com o Ministro Centeno para desbloquear as verbas que são necessárias.

O Sr. Ministro da Saúde disse que o grande medo da oposição é estarmos a um ano e meio das próximas

eleições e poder haver comparação entre o Governo de coligação PSD/CDS e o Governo do Sr. Ministro. Não,

o Sr. Ministro tem é medo de estarmos a um ano e meio das eleições e não conseguir cumprir nem um décimo

daquilo a que se comprometeu fazer.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

A Sr.ª TeresaCaeiro (CDS-PP): — Falo-lhe, por exemplo, dos cuidados continuados.

Sr. Ministro, como é que, tendo apenas 8200 camas de cuidados continuados neste momento, vai criar 14

000 camas até ao fim da Legislatura? Este foi um compromisso assumido por si.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Peço-lhe que conclua, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª TeresaCaeiro (CDS-PP): — Vou concluir, Sr. Presidente.

Peço, de novo, ao Sr. Ministro que responda a uma questão que já lhe foi colocada várias vezes e à qual

nunca conseguiu dar uma resposta, tendo dito, aliás, que ia perguntar à Sr.ª Secretária de Estado: como é que

está a distribuição dos medicamentos para a hepatite C? Infelizmente, sabemos que tem havido bloqueios que

têm prejudicado muitíssimo os doentes.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Carla Cruz.

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