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31 DE MARÇO DE 2018

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Risos do Deputado do PS Filipe Neto Brandão.

Esperava-se um mea culpa, depois de ter afirmado que havia má gestão na saúde, e o que vimos foi mais

um exercício de propaganda e de negação da realidade.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Se estamos aqui reunidos, hoje, é pelo descalabro a que se assiste

no Serviço Nacional de Saúde (SNS): cirurgias constantemente canceladas por falta de profissionais e de

material, tempos de espera máximos constantemente ultrapassados — o Sr. Ministro fala em grandes números,

mas ontem estivemos no terreno, no IPO (Instituto Português de Oncologia), onde doentes com cancro veem

esses tempos máximos ultrapassados —, serviços de urgência sem capacidade de resposta, falta de acesso

aos medicamentos, denunciada por múltiplas associações de doentes, em todas as áreas referidas pelo Sr.

Ministro, falta de acesso à saúde,…

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — É uma desgraça!

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — … um aumento da carga da doença — os portugueses estão cada

vez mais doentes, como, aliás, o Sr. Ministro admitiu na sua intervenção.

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — O PSD é que está doente!

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Os profissionais de saúde estão desgastados: há cada vez mais

greves, uma aplicação discriminatória das 35 horas de trabalho semanais, prometidas desde 2015 pelo seu

Governo, uma falta crónica de médicos, uma falta crónica de enfermeiros, um desgaste absoluto dos

profissionais, com a falta de perspetivas em relação ao futuro do Serviço Nacional de Saúde e às carreiras.

O Sr. Cristóvão Simão Ribeiro (PSD): — Muito bem!

Protestos dos Deputados do PS Maria Antónia Almeida Santos, do BE Moisés Ferreira e do PCP Paula

Santos.

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — O Sr. Ministro e o seu Governo prometeram acabar com a

precariedade, prometeram acabar com os médicos tarefeiros, disseram que a sua existência seria marginal. E

o que é que se verificou? Em 2016, gastaram-se 98 milhões de euros em médicos tarefeiros. E quanto é que se

gastou no ano seguinte? Gastaram-se 120 milhões de euros. Está-se a gastar cada vez mais, a desintegrar

equipas de saúde.

Aplausos do PSD.

Falava o Sr. Ministro de pagamentos em atraso. O que se verifica nos hospitais EPE (entidades públicas

empresariais) é uma vergonha, Sr. Ministro: em dois anos, conseguiu duplicar os pagamentos em atraso destes

hospitais. Desconhecemos quem são os credores do Ministério, porque o Sr. Ministro não diz, mas sabemos

que já passou a barreira dos 1000 milhões de euros. Caminhamos, como caminhámos em 2009, para o

precipício.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — E verificamos, ao mesmo tempo, uma quebra do investimento, em

dois anos, de quase 40% no Serviço Nacional de Saúde. Portanto, está o País a crescer e o Governo,

politicamente, a decidir desinvestir no Serviço Nacional de Saúde.

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