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I SÉRIE — NÚMERO 98

32

Aproveito para assinalar que a família do Arquiteto Vasco Morais Soares, que saúdo, se encontra nas

galerias.

O Sr. Secretário (António Carlos Monteiro): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«Faleceu no passado dia 6 de junho, aos 78 anos de idade, o Arquiteto Vasco Morais Soares. Nascido em

1940, no Porto, Vasco Morais Soares era filho do Arquiteto Mário Cândido Soares, cujo percurso inspiraria a sua

própria formação. Três décadas mais tarde, acabaria por se formar na Escola Superior de Belas Artes do Porto,

em 1971, assumindo quatro anos depois o gabinete de Arquitetura do próprio pai, após o seu regresso de

Angola, onde, recém-licenciado, exerceu funções no Gabinete de Obras Públicas de Luanda.

Ao longo da vida desenvolveu uma obra marcada essencialmente pela versatilidade. Os seus traços estão

espalhados pela cidade do Porto, em áreas tão distintas como a hotelaria, o urbanismo ou a indústria. A Morais

Soares tanto se deve a reabilitação e valorização da emblemática Livraria Lello como a projeção da nova Igreja

de Ramalde, no Porto.

Dos vários cargos que desempenhou ao longo da vida, o arquiteto portuense distinguiu-se ao serviço das

quatro direções da Associação de Arquitetos Portugueses, entre 1975 e 2000, tendo presidido ao Conselho

Diretivo Regional do Norte, de 1987 a 1989, e à Mesa da Assembleia Geral no mandato de 1993-1995. O seu

papel na coordenação da revisão estatutária, na organização do referendo à classe profissional no que concerne

à designação de ‘Ordem’ e da votação do estatuto da entidade valeu-lhe, em 2014, a distinção com o título de

Membro Honorário da Ordem dos Arquitetos.

Militante ativo e membro do Senado do CDS-PP, reativado no último congresso do partido, exerceu, durante

vários anos, funções de deputado à Assembleia Municipal do Porto, onde se destacou sempre pela cultura

invulgar, capacidade prospetiva e profundo conhecimento que caracterizavam as suas intervenções e, acima de

tudo, por uma enorme devoção à causa pública e à cidade do Porto.

Assim, a Assembleia da República exprime o seu pesar pelo falecimento do Arquiteto Vasco Morais Soares,

a quem manifesta a sua homenagem, e transmite a sua sentida solidariedade à sua família e a todos os seus

mais próximos.».

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar o voto que acabou de ser lido.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Seguem-se dois votos de pesar pelo falecimento do Cônsul Honorário John Martins, um apresentado pelo

PS e outro pelo PSD.

Começamos pelo voto n.º 571/XIII (3.ª) — De pesar pelo falecimento do Cônsul Honorário John Martins,

apresentado pelo PS, que vai ser lido pela Sr.ª Secretária Idália Serrão.

A Sr.ª Secretária (Idália Salvador Serrão): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«Faleceu, no passado dia 15 de junho, aos 54 anos, o Cônsul Honorário de Portugal em Los Angeles, John

Carlos Martins, figura de enorme prestígio e um dos pilares da comunidade portuguesa no sul da Califórnia,

EUA.

Nascido na ilha Terceira, Açores, John Martins emigrou com a família para os EUA, em 1966. O empresário

ocupou o cargo de Presidente da Câmara Municipal de Artesia, em Los Angeles, entre 2004 e 2010, tendo sido

vereador da mesma autarquia, entre 2001 e 2003. Desde 2015 que desempenhava as funções de Cônsul

Honorário de Portugal em Los Angeles. No passado mês de maio, no Dia da Região Autónoma dos Açores,

John Martins recebeu a Insígnia Autonómica de Reconhecimento pelo seu percurso empresarial de sucesso e

pelo trabalho em prol da comunidade açoriana radicada nos EUA.

John Martins, além de empresário de sucesso, político dedicado à comunidade portuguesa, era também um

músico talentoso. A sua generosidade, honestidade e disponibilidade para ajudar a comunidade portuguesa,

bem como a sua contagiante boa disposição, ficarão para sempre na memória.

Assim, a Assembleia da República exprime o seu público pesar pelo falecimento de John Martins, a quem

manifesta a sua homenagem, e transmite as mais sinceras condolências à sua família e a todos os seus mais

próximos.».

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