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I SÉRIE — NÚMERO 100

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O Sr. Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP): — Aquilo que vemos é um partido que, interesseiramente, fecha

o diálogo à esquerda e, interesseiramente, fecha o diálogo à direita,…

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

Protestos do PS.

O Sr. Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP): — … segue o seu caminho, mas segue um caminho que não

convém ao País, porque, na verdade, não está a construir nada de futuro, não está a olhar para os verdadeiros

problemas do País, está apenas a corresponder a uma agenda eleitoral que mantenha o PS até às próximas

eleições, esperando que nas próximas eleições o possa perpetuar.

Aplausos do CDS-PP.

Protestos dos Deputados do PS Carlos César e Tiago Barbosa Ribeiro.

Este é que é o problema do País: o PS diz que dialoga mas, na verdade, não dialoga.

Pergunto-lhe, Sr. Deputado Ricardo Bexiga, em que é que se concretiza aquilo que o Sr. Deputado disse, ou

seja, que está disponível para o diálogo? Diga-nos aqui, diante desta Assembleia, em que é que se concretiza

essa disponibilidade do PS para trabalhar com todos os que não sejam ou não tenham a ficha do Partido

Socialista.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Isso é comício!

O Sr. João Galamba (PS): — Nós temos cartões, não temos fichas!

O Sr. Presidente: — Tem, agora, a palavra o Sr. Deputado António Filipe, também para pedir

esclarecimentos.

O Sr. António Filipe (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Ricardo Bexiga, dir-se-ia que a sua intervenção

poderia ter todo o cabimento num colóquio sobre a segurança social, onde não estivessem em discussão

questões concretas e soluções concretas para os problemas que afetam o sistema de segurança social.

Portanto, podemos dizer que fez uma intervenção interessante, que tem um diagnóstico, com o qual todos

podemos, enfim, concordar mais ou menos, mas depois falta uma questão essencial, que é a seguinte: perante

o reconhecimento de problemas que importa enfrentar, como é que eles se enfrentam? De facto, é esta a

questão e foi isso que faltou na sua intervenção.

É evidente que reconhecemos, no nosso projeto e nas intervenções que aqui temos feito, que o facto de ter

havido uma evolução económica favorável do nosso País nos últimos tempos, em contraste com aquilo que

tinha acontecido na Legislatura anterior, foi positivo para a segurança social por razões de fundo, por razões

que se prendem com o funcionamento da economia. Mas todos reconhecemos, e o Sr. Deputado também

reconheceu, que há problemas, designadamente de índole demográfica, que exigem uma reflexão muito séria

sobre a diversificação das fontes de financiamento da segurança social. Tanto assim é que, na declaração

conjunta que foi feita no início desta Legislatura, entre o PS e o PCP, relativamente a esta Legislatura, uma das

questões que os dois partidos acordaram que deveria ser objeto de um debate e de uma consideração comum

era a do reforço e diversificação das fontes de financiamento da segurança social, abrindo as portas para um

debate que ambos reconhecemos que é necessário e que deve ser feito.

Bom, mas perante uma proposta concreta que aqui apresentamos, a sua intervenção é um pouco, como se

diria em termos futebolísticos, a «chutar para canto» e, portanto, não participa de forma construtiva numa

proposta concreta que aqui é apresentada e que seria, do nosso ponto de vista, aliás, por isso a apresentámos,

um bom ponto de partida para uma discussão que nos comprometemos a fazer.

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