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I SÉRIE — NÚMERO 102

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E grave, muito grave, falhas no fornecimento de materiais e de medicamentos, bem como da manutenção

de alguns equipamentos. Pasme-se, chegou-se ao ponto de haver rutura de stock das fraldas no Serviço de

Pediatria e de o Centro Hospitalar ter de se socorrer de uma grande superfície comercial local para aí adquirir

as fraldas.

É isto que se passa no Centro Hospitalar Tondela-Viseu!

Falemos agora de infraestruturas, e está bem recente na memória de todos nós a questão do IP3. É este o

maior embuste do Governo. A boa escola de propaganda e de encenação de José Sócrates está de volta! Estão

de volta também à estrada as tendinhas, mas, desta vez, vá-la, com alguma modéstia, sem alguns coktails. É

inadmissível e revelador de uma enorme falta de sentido de Estado que o Primeiro-Ministro coloque em

consideração a opção entre obras e pessoas. As pessoas, para nós, serão sempre a nossa prioridade.

Deixem-me ser um pouco irónico: quero aqui pedir desculpa aos professores, porque o Primeiro-Ministro

anunciou que a recuperação do serviço para efeitos de carreira não é possível por causa das obras do IP3. Mas

que também fique aqui claro que não aceitamos ser o bode expiatório para as más opções e decisões do

Governo!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Não? A sério?!

O Sr. Pedro Alves (PSD): — Todos sabemos que havia outras opções, que o Governo, o Partido Socialista,

o Bloco, o PCP e Os Verdes rejeitaram por questões de natureza ideológica. Isso, sim, é governar! Governar é

fazer opções e, se as opções tomadas têm consequências e afetam a vida dos professores e dos funcionários

públicos, então quem as tomou deve ser politicamente penalizado.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Vocês é que estão a dar apoio ao Governo! Deixe-se dessa conversa!

O Sr. Pedro Alves (PSD): — E quanto à obra em si? Falemos, então, da obra, do IP3. Como é possível ter-

se o descaramento de aproveitar o lançamento de um concurso de uma empreitada simples, de requalificação

do traçado para recuperar o traçado original, não se apresentar qualquer calendário com a obra e passar tudo

para o final de 2019? É isto! Esta é a realidade dos factos. É assim que o Governo tem tratado a nossa região,

o interior e todo o País.

Sr.ª Deputada, quero então perguntar-lhe, para que não se esqueça: onde estava a Sr.ª Deputada no dia 25

de novembro de 2015? Ou no dia 3 de dezembro de 2015? Onde estava, também, no dia 15 de março de 2016?

Onde estava no dia 29 de novembro de 2016? Ou no dia 27 de novembro de 2017?

Eu digo-lhe, Sr.ª Deputada: estava aqui, nesta Casa, a aprovar o Programa de Governo e a aprovar os

Orçamentos do Estado de 2016, de 2017 e de 2018.

Aplausos do PSD e do CDS.

Protestos do PCP.

Esses, sim, são a causa da gravidade destas assimetrias

Protestos do PCP.

Por isso, Sr.ª Deputada, por muitas desculpas que arranje, tudo o resto são lágrimas de crocodilo.

Aplausos do PSD e do CDS.

Protestos do PCP.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Paula Santos.

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