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I SÉRIE — NÚMERO 107

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O Sr. Secretário (António Carlos Monteiro): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«Morreu no passado dia 14 de julho, aos 77 anos, o Prof. Doutor Agostinho de Almeida Santos, médico e

professor catedrático de Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

Pioneiro da Procriação Medicamente Assistida em Portugal, Agostinho de Almeida Santos fundou em

Coimbra, em 1985, o programa de reprodução medicamente assistida e foi quem, pela primeira vez, realizou a

técnica GIFT (Transferência de Gâmetas para a Trompa), alternativa à tradicional fertilização in vitro, cujo

primeiro bebé nasceu em junho de 1988.

Em 2008, ascendia a 17 mil o número de crianças que ajudou a vir ao mundo.

Ao longo da sua vida académica publicou centenas de trabalhos científicos, proferiu mais de 400 palestras e

foi o responsável pelas disciplinas de Obstetrícia e Ética, Deontologia e Direito Médico da Faculdade de Medicina

da Universidade de Coimbra.

Entre 2005 e 2007, foi o presidente do Conselho de Administração dos Hospitais da Universidade de

Coimbra. Deixou a prática clínica em janeiro de 2010, assinalando, ao fim de 46 anos, o final da sua carreira

universitária e hospitalar. Em outubro desse ano, proferiu a tradicional ‘última aula’ em Paris, com o título Big

Bang do ser humano, nas 10.as Jornadas Europeias da Sociedade Francesa de Ginecologia e Jornadas Albert

Netter, da Sociedade Europeia de Ginecologia.

Foi membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida e de 18 sociedades científicas nacionais

e internacionais. Era, desde novembro de 2009, Cônsul Honorário de Cabo Verde para a Região Centro. Foi

agraciado com a 1.ª Classe de Medalha de Mérito pelo Presidente da República de Cabo Verde e com a

comenda de Chevalier de L’Ordre National du Mérit pelo Presidente da República de França.

Marcando de forma indelével o início da reprodução medicamente assistida em Portugal, Agostinho Almeida

Santos soube sempre conciliar os seus fortes princípios éticos com o desenvolvimento desta complexa área

científica.

A Assembleia da República exprime o seu público pesar pela morte do Prof. Doutor Agostinho de Almeida

Santos, referência incontornável da Medicina portuguesa, e transmite à família e amigos as suas sinceras

condolências.»

O Sr. Presidente: — Associo-me também a este voto. Cumprimento e envio os meus sentimentos à família,

aqui presente.

Vamos, então, votar.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Temos ainda o voto n.º 603/XIII (3.ª) — De pesar pelo falecimento de Laura Soveral, apresentado pelo

Presidente da AR e subscrito por Deputados do PS, do CDS-PP e do PSD, que vai ser lido pela Sr.ª Secretária

Idália Serrão.

A Sr.ª Secretária (Idália Salvador Serrão): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«É com grande tristeza que a Assembleia da República assinala o falecimento da atriz Laura Soveral.

Laura Soveral nasceu em Benguela, Angola, a 23 de março de 1933.

Já em Lisboa, na década de 60, frequentou o curso de Filologia Germânica, na Faculdade de Letras, e a

Escola de Teatro do Conservatório Nacional.

A sua estreia no mundo do Teatro deu-se em 1964, no Grupo Fernando Pessoa, sob a direção de João

d’Ávila.

Foram inúmeros os papéis desempenhados no cinema e na televisão, o que lhe valeu o reconhecimento da

crítica e do grande público.

Trabalhou com Manoel de Oliveira e Fernando Lopes, mas também, mais recentemente, com Miguel Gomes,

em Tabu.

Participou em várias telenovelas, em Portugal e no Brasil.

Em 2013, Laura Soveral recebeu o Prémio Carreira Sophia, da Academia Portuguesa de Cinema.

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