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I SÉRIE — NÚMERO 7

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Aplausos do PS, da Deputada do PSD Clara Marques Mendes e do Deputado do CDS-PP João Pinho de

Almeida.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para uma intervenção, tem agora a palavra, em nome do Grupo

Parlamentar do PSD, o Sr. Deputado Nuno Serra.

O Sr. Nuno Serra (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: O Partido Pessoas-Animais-Natureza, o Bloco

de Esquerda e o Partido Ecologista «Os Verdes» continuam obstinadamente a tentar formatar aquilo que é o

nosso ecossistema e a nossa biodiversidade nacional, conforme a sua agenda política, uma agenda que, neste

caso, tem um fim único e último, que é o de acabar com a caça.

Mas quando se fazem iniciativas das janelas dos apartamentos acaba por se mostrar aquilo que não se

queria mostrar, ou seja, denota-se um profundo desconhecimento da realidade de um país rural.

Vozes do PSD: — Exatamente!

O Sr. Nuno Serra (PSD): — Mas também se mostra a verdadeira aversão que têm a tudo o que não são

prédios e alcatrão — tudo o que ultrapassa o limite do espaço urbano é desprezível —, revelando tolerância

zero para os espaços rurais.

Estes partidos que se arrogam de defender a natureza, o ambiente, os animais e o mundo verde continuam

a defendê-los, sim, mas ao longe, bem distantes deste mundo.

Protestos da Deputada do BE Maria Manuel Rola.

Srs. Deputados, têm de sair dos prédios, das cidades, têm de ir ao campo, ao mundo rural, porque é esse o

mundo que os senhores querem formatar com estas iniciativas. É lá que têm de perceber o verdadeiro alcance

das vossas iniciativas.

Vozes do PSD: — Muito bem!

Protestos do BE.

O Sr. Nuno Serra (PSD): — Srs. Deputados, têm de falar com quem vive no interior, com quem sofre direta

ou indiretamente com as propostas que aqui apresentam.

Os documentários que passam na televisão não chegam para os senhores conhecerem o mundo rural, é

preciso irem onde estão as pessoas, ouvirem as pessoas, perceberem o que elas sentem — as pessoas têm de

ser o centro da nossa decisão, têm de ser o centro daquilo que fazemos aqui —, e lá irão perceber efetivamente

a real necessidade de controlar a população de predadores, para que não aconteça o que tem acontecido. Já

há vários exemplos com javalis nos restaurantes, nos jardins, nas casas das pessoas, na praia.

Vozes do PSD: — Muito bem!

Protestos do BE.

O Sr. Nuno Serra (PSD): — Se não fizermos esse controlo de predadores, corremos enormes riscos.

Teremos consequências dramáticas, em termos de desequilíbrios populacionais destas espécies, serão

afetadas a questão sanitária, a questão da segurança rodoviária, a questão dos habitats e até será prejudicial

para as atividades humanas, como a agricultura, a floresta e a pecuária.

A caça revela-se, neste caso, cada vez mais, uma ferramenta essencial para gerir as populações naturais. É

uma peça fundamental no ecossistema e na relação homem/natureza. E a legislação cinegética que existe já

regula as espécies que podem e devem ser caçadas e já contempla ajustes, como os períodos de caça e os

quantitativos de abate, por imposição do calendário venatório, sempre que necessário.

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