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I SÉRIE — NÚMERO 8

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O Sr. Cristóvão Simão Ribeiro (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Como alguém diria, aos

políticos cabe, substancialmente, resolver os problemas do presente, não cabe, de todo, ficar focado num

passado distante, a chorar sobre o que poderiam ou não ter resolvido. E digo mais, Sr.as e Srs. Deputados, só

fala constantemente do passado quem tem medo do presente e quem tem medo de assumir as

responsabilidades da sua ação do dia a dia.

As Sr.as e os Srs. Deputados da esquerda parlamentar tanto fazem jus a este ditame que, aqui, chegaram ao

ponto de, pela voz do Bloco de Esquerda — pasme-se! —, intitular este debate, que é um debate de imensa

gravidade, diga-se, de imensa seriedade, e que em tudo diz respeito à vida quotidiana das pessoas, como uma

espécie de «mixórdia de temáticas».

Protestos do BE.

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Classifica bem a intervenção do PSD!

O Sr. Cristóvão Simão Ribeiro (PSD): — Sr. Deputado, até nem é que eu não seja fã de Ricardo Araújo

Pereira, mas não devia brincar com o dia a dia dos portugueses nem chamar «mixórdia de temáticas» a um

conjunto de situações gravíssimas que Portugal enfrenta e que deveriam ser, no mínimo, motivo de decoro e de

mais respeito do Sr. Deputado para com as pessoas.

Aplausos do PSD.

Chamar «mixórdia de temáticas» à degradação dos serviços públicos é, Sr. Deputado, chamar «mixordeiros»

aos portugueses. E isto, Sr.as e Srs. Deputados, não vos posso consentir.

Aplausos do PSD.

Os portugueses não são mixordeiros! E, Sr. Deputado, se quiser conjeturar, mixórdia é a solução governativa

por vocês encontrada, que mistura leninistas, comunistas, estalinistas, socialistas e uns quantos mais

especialistas em vender contos de fadas aos portugueses.

Aplausos do PSD.

Protestos do BE e do PCP.

Senão, vejamos.

Os senhores estão à entrada da 3.ª Sessão Legislativa, três Orçamentos do Estado volvidos…

Protestos do BE e do PCP.

Ainda bem que recordam, Srs. Deputados! Os senhores estão à entrada da 4.ª Sessão Legislativa, três

Orçamentos do Estado volvidos, e é imperioso que se fale aqui do presente, da vossa responsabilidade, e não

do passado.

Em 28 de agosto de 2018, Centeno congelou mais 420 milhões de euros à margem do Parlamento, diz uma

notícia do Observador: «Depois das negociações intensas do Orçamento, o Governo cativou mais 420 milhões

de euros de despesa.» — com a vossa conivência — «Valor cativado é o terceiro maior de sempre», mas, diga-

se, os outros dois foram também do Sr. Ministro Centeno, nas Finanças.

O Sr. António Sales (PS): — Grande mixórdia de informação!

O Sr. Cristóvão Simão Ribeiro (PSD): — Sr. Deputado, sei que isto o revolta, mas assuma a

responsabilidade!

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