O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 14

34

O Sr. Pedro Alves (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Secretários de Estado, Sr. Ministro

Adjunto e da Economia, e se falássemos agora do interior em concreto, do País real e da ação do Governo, ou

da falta dela?

Em primeiro lugar, uma vez que tanto a esquerda parlamentar como o Sr. Ministro fazem questão de referir

sempre o encerramento dos tribunais por parte do Governo anterior, gostaria de lembrar, a propósito do

encerramento de serviços públicos no País, que o último Governo do Partido Socialista encerrou 10

maternidades — a maior parte delas no interior —, 64 serviços de atendimento permanente na área da saúde,

3448 escolas, e pediu que se encerrassem 800 quilómetros de ferrovia. Esta é a herança socialista relativamente

ao interior!

O Sr. Jorge Paulo Oliveira (PSD): — Bem lembrado!

O Sr. Pedro Alves (PSD): — E, Sr. Ministro, se não o incomoda a situação do interior, gostaria de lhe

perguntar se não o incomoda que o mais prejudicado pelas medidas relativas ao ensino superior tenha sido o

interior, uma vez que — conforme noticiavam os jornais de ontem — foi quem mais alunos perdeu, este ano

letivo, com o corte de 5% nas vagas das grandes universidades.

Não o incomoda, Sr. Ministro, que, durante este Governo, não tenha havido qualquer tipo de investimento de

proximidade e tenha sido cancelado o plano de proximidade, que estava em curso entre 2014 e 2019? Recordo

que, em Viseu, ficaram 28 milhões de euros por investir.

Sr. Ministro, não o incomoda que ainda não tenham sido iniciadas as obras de ampliação da urgência do

hospital de Viseu, que tem uma referenciação de mais de 500 000 utentes?

Não o incomoda que ainda não tenham sido iniciadas as obras do centro oncológico do Centro Hospitalar

Tondela-Viseu?

Sr. Ministro, uma vez que fala tanto da ferrovia, não o incomoda que ainda não haja sequer projetos para a

Linha da Beira Alta — a maior parte da qual passa no distrito de Viseu —, apesar de o Governo anterior ter

deixado mais de 300 milhões de euros em fundos comunitários?

O Sr. Santinho Pacheco (PS): — Há obras a decorrer!

O Sr. Pedro Alves (PSD): — Não o incomoda, Sr. Ministro, que se tenha abandonado a construção da Via

dos Duques — a qual não teria qualquer custo para os contribuintes —, sem qualquer explicação aos

portugueses, para, à pressa, se inventar uma solução que nem é uma autoestrada nem será concluída nestes

quatro anos?!

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro.

O Sr. Ministro Adjunto e da Economia: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Pedro Alves, mencionou o tema

das candidaturas ao ensino superior e devo dizer-lhe que a aposta do Governo é decididamente na valorização

das instituições de ensino superior no interior do País. Foi por isso que aumentámos as vagas no interior e

reduzimos as vagas em Lisboa e no Porto, pois, se esta medida não tivesse sido tomada, não sabemos o que

teria acontecido.

Ainda assim, queria dizer-lhe que a valorização das instituições do ensino superior não se faz só ao nível das

vagas, faz-se ao nível do apoio à investigação e à criação de emprego científico à volta dessas instituições e

também ao nível do reforço dos cursos superiores profissionais, cursos de curta duração que são oferecidos,

sobretudo, pelos politécnicos do interior, através dos quais, este ano, 12 000 alunos acederam ao ensino

superior.

Estas medidas são absolutamente necessárias para aproximarmos a capacidade e a qualificação dos

recursos humanos do interior, ajustando-os às necessidades do investimento que queremos atrair para essas

regiões.

Quanto à Linha da Beira Alta, a sua requalificação e modernização vai avançar…

Páginas Relacionadas
Página 0047:
20 DE OUTUBRO DE 2018 47 De seguida, vamos votar, na generalidade, o Projeto de Lei
Pág.Página 47