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I SÉRIE — NÚMERO 29

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Não há mistério sobre a forma como isto aconteceu. Durante quatro anos nem um cêntimo foi investido

naquela empresa pelo Governo PSD/CDS-PP. Estavam a preparar tudo para a privatização e ainda hoje não

percebemos como é que, em 2015, tomaram a decisão de vender navios da Transtejo e da Soflusa.

Vozes do PS: — Muito bem!

Protestos do PSD.

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Já agora, bem podiam explicar por que razão, por que racionalidade

gestionária é que os navios que agora reclamam para aquele serviço foram vendidos em 2015, pois muita falta

fazem agora.

Mas, Sr. Ministro, águas passadas não movem moinhos…

Vozes do PSD: — Ah!…

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Passaram três anos, há um anúncio a médio prazo sobre um concurso para

trazer navios para 2020. O problema é quando os patrões perguntam aos trabalhadores a que horas chegam

no dia seguinte e os trabalhadores não podem responder «chegamos a médio prazo». Eles têm de saber

exatamente a que horas chegam.

A pergunta que faço é, pois, a seguinte: exatamente neste momento e até haver novos navios, que medidas

é que o Governo vai tomar para garantir que há um serviço regular da Transtejo e da Soflusa?

Aplausos do BE

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra, para responder, o Sr. Ministro do Planeamento e

das Infraestruturas, Pedro Marques.

O Sr. Ministro do Planeamento e das Infraestruturas: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, na CP, tal

como na Transtejo e na Soflusa, é nosso propósito ter soluções estratégicas e de longo prazo, mas também

soluções de curto prazo, face à inexistência de anteriores decisões de aquisição de material circulante. Por um

lado, contratando mais pessoal — no caso da EMEF, já entraram 72 trabalhadores, que estão a fazer exames

médicos, mais 18… E não é verdade que só neste ano tenhamos chegado a menos de 1000 trabalhadores na

EMEF; em 2015, chegámos ao fim do ano com menos de 1000 trabalhadores na EMEF e no fim deste ano não

estaremos nessa situação, porque decidimos contratar mais trabalhadores para a EMEF. Foi uma decisão deste

Governo, que está a ser executada.

Permitam-me que diga, Srs. Deputados, que a ideia de crise e de caos total no funcionamento da CP, da

Transtejo e da Soflusa é manifestamente exagerada. Temos problemas para resolver? Temos, certamente! Mas

a CP, anteontem, teve 99,7% de regularidade e, ontem, 99,3% de regularidade. A Transtejo e a Soflusa tiveram

quase 99% de regularidade ao longo do ano de 2018. Há problemas? Há! Há escassez de material circulante

face à não aquisição? Na CP não se adquiria material circulante há 20 anos, por exemplo! Mesmo assim —

alguém perguntou —, qual é a estratégia? A resposta é: com mais manutenção do atual material circulante.

Neste ano, houve 12 milhões de euros de investimento na manutenção do material circulante da Transtejo e

da Soflusa. Perante a situação concreta que ocorreu esta semana, agiu-se, o material circulante está a ser

reparado e aquele navio estará disponível ainda nesta semana, depois de reparado.

Srs. Deputados, com certeza que estamos sempre disponíveis para continuar a avaliar a capacidade de

manter e de expandir a nossa rede ferroviária.

Sr. Deputado Luís Leite Ramos, percebo que, na ausência de outros argumentos, venha a estafada conversa

da propaganda e venha falar do passado.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — O senhor é que passa a vida a falar do passado!

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