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I SÉRIE — NÚMERO 31

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Como já tive ocasião de lhe exprimir pessoalmente, certamente, vamos todos sentir falta das suas

intervenções, da sua consistência e do seu sentido de humor. É um facto!

O Sr. Fernando Rocha Andrade (PS): — E da música!

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos passar ao ponto dois da nossa ordem de trabalhos, que consiste

da discussão da petição n.º 455/XIII/3.ª (João Gabriel Bargão dos Santos e outros) — Reversão do Hospital

Militar Principal e Hospital Militar de Belém para a administração das Forças Armadas, juntamente com o projeto

de resolução n.º 1669/XIII/3.ª (BE) — Recomenda ao Governo a reafetação do Hospital Militar Principal e do

Hospital Militar de Belém como hospitais de retaguarda no apoio social e clínico aos militares e ex-militares das

Forças Armadas.

Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado João Vasconcelos, do Bloco de Esquerda.

O Sr. João Vasconcelos (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: No âmbito de uma petição aqui

apresentada, o Bloco de Esquerda fez o seu acompanhamento através de um projeto de resolução que

recomenda ao Governo que, com a reabertura dos hospitais da Estrela e de Belém, disponibilize apoio social e

clínico aos militares e ex-militares das Forças Armadas.

Aproveito, desde já, para apresentar uma saudação muito especial a uma delegação dos peticionários aqui

presente.

O Governo de PSD/CDS, às ordens da troica estrangeira, atacou os trabalhadores, atacou o País e, como

não podia deixar de ser, também atacou a condição militar e, em particular, os mais débeis, os mais fracos,

aqueles que mais precisavam: os reformados. A pretexto da racionalização de meios e recursos, aglutinou quatro

hospitais num só: os hospitais militares da Estrela e de Belém, o da Marinha e o da Força Aérea.

O hospital da Estrela, como se sabe, foi entregue à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o de Belém foi

para a Cruz Vermelha Portuguesa. A intenção seria a de criar nesses hospitais unidades de cuidados

continuados e paliativos, além de outras valências, mas nada foi feito até agora. Esses hospitais continuam

encerrados.

O Sr. Bruno Vitorino (PSD): — Deve virar-se para os seus camaradas!

O Sr. João Vasconcelos (BE): — Perderam-se mais de 400 camas. Gabinetes e salas totalmente equipados

continuam fechados. Os materiais clínicos degradam-se.

O Sr. Bruno Vitorino (PSD): — Por vossa culpa!

O Sr. João Vasconcelos (BE): — A condição militar, a nível social e clínico, foi severamente atingida.

O Instituto Social de Apoio às Forças Armadas (IASFA), com uma lista de espera superior a 1500 utentes…

O Sr. Bruno Vitorino (PSD): — Por vossa culpa!

O Sr. João Vasconcelos (BE): — … não consegue dar a resposta adequada no apoio social complementar.

Consideramos que é uma vergonha e um escândalo o que se passa.

O Sr. Bruno Vitorino (PSD): — É uma vergonha, é!

O Sr. João Vasconcelos (BE): — Milhares de beneficiários estão à espera e instituições e materiais de

excelência estão encerrados e a degradar-se.

Sr.as e Srs. Deputados, isto não é uma questão de ideologia, é uma questão de justiça.

O Sr. Bruno Vitorino (PSD): — É vossa responsabilidade!

O Sr. João Vasconcelos (BE): — E o atual Governo também nada fez nesta matéria!

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