O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 34

24

obedecer o exercício da função de criminólogo. E fá-lo por uma necessidade absolutamente imperiosa de

contrariar uma situação — ainda há pouco explicada também pela Sr.ª Deputada Sandra Cunha e que é caricata

— em que o Estado se colocou e da qual insiste em não sair: a de um Estado que acredita e reconhece uma

nova área académica, mas que, apesar disso, não reconhece qualquer qualificação profissional a essa área

académica que reconheceu e que, por isso mesmo, serve para muito pouco.

Por isso, esta situação tem de ser rapidamente resolvida. Esta é uma situação que se arrasta já há vários

anos — não é de agora, vem de trás —, mas que já podia e devia ter sido resolvida, pelo menos, em julho de

2015. De facto, em julho de 2015, foi aprovada, unanimemente, nesta Câmara, uma recomendação ao Governo

para regulamentar a profissão de criminólogo, tendo sido dados, nessa altura, 60 dias para o efeito. Entretanto,

o anterior Governo deixou de exercer funções, entrou em funções um novo Governo e, passados já três anos e

meio sobre esta data, nada, absolutamente nada, se fez.

É verdade que, ainda ontem, talvez por efeito destes dois projetos — pelo menos, já tiveram essa benesse

—, foi aberto um concurso para técnicos de reinserção social, em que, pela primeira vez na história, se menciona

a licenciatura em Criminologia. Mas isto não chega para resolver o problema.

Assim sendo, o CDS exorta esta Câmara a aprovar este regime jurídico, para que, depois, o Governo possa

finalmente regulamentar a profissão e integrar os criminólogos nas áreas em que são essenciais. É isso que

esperamos, não só por ser de justiça, mas sobretudo por ser uma necessidade importante para as áreas da

investigação criminal, da reinserção social, da intervenção social e comunitária, entre muitas outras áreas

transversais a que a profissão de criminólogo se pode aplicar.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

A Sr.ª Vânia Dias da Silva (CDS-PP): — Todas estas áreas são vitais e temos técnicos qualificados no papel

para nelas atuar, mas aos quais temos vindo a impedir de exercer a sua profissão por absoluta inércia e absoluto

desinteresse do Governo.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Tem de terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Vânia Dias da Silva (CDS-PP): — Termino, Sr. Presidente, dizendo que é isso que pretendemos

contrariar, pelo que exortamos esta maioria a aprovar este nosso projeto de lei.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Até ao momento, a Mesa não regista qualquer pedido de

inscrição.

Agradeço que os grupos parlamentares que o desejem se inscrevam para o debate.

Pausa.

Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Machado.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: O Grupo Parlamentar do Partido Comunista

Português acompanha as iniciativas legislativas em discussão — uma primeira, do BE, que reconhece e

regulamenta a profissão de criminólogo e uma segunda, do CDS-PP, que aprova o regime do exercício

profissional dos criminólogos —, com soluções distintas que, naturalmente, servirão de base para uma

discussão, na especialidade.

Acompanhamos estas duas iniciativas por duas razões importantes. A primeira, e mais importante de todas,

é que o curso de criminólogo foi proposto e criado pelo Estado, não foi uma invenção de alguém, é reconhecido

pelo Estado, pelo que não faz qualquer sentido que a profissão não seja reconhecida.

Por despacho de sucessivos Governos, foram criadas as licenciaturas em criminologia em várias instituições

do ensino superior. Por esta via, criaram-se expectativas legítimas de poder exercer uma profissão a quem

frequenta o curso. Ora, esta expectativa não pode ser frustrada pelo próprio Estado que, depois, em muitos

Páginas Relacionadas
Página 0009:
4 DE JANEIRO DE 2019 9 esses meios, e o PSD sabe-o muito bem, aliás, o próprio Pres
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 34 10 A Sr.ª Helena Roseta (PS): — Sr. Presidente, S
Pág.Página 10
Página 0011:
4 DE JANEIRO DE 2019 11 Por todas estas razões, a que acrescem razões de natureza h
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 34 12 E, diga-me, Sr.ª Deputada, sabendo nós que o E
Pág.Página 12
Página 0013:
4 DE JANEIRO DE 2019 13 A trégua invernal não foi inventada em França, aliás, começ
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 34 14 As famílias foram empurradas para o endividame
Pág.Página 14
Página 0015:
4 DE JANEIRO DE 2019 15 A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Obrigada, Sr. Presidente.
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 34 16 O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito
Pág.Página 16
Página 0017:
4 DE JANEIRO DE 2019 17 O Sr. Jorge Paulo Oliveira (PSD): — Bem lembrado!
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 34 18 O Sr. Jorge Paulo Oliveira (PSD): — Mui
Pág.Página 18
Página 0019:
4 DE JANEIRO DE 2019 19 Sim, é certo que, em Portugal, existe apenas 2% de oferta p
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 34 20 outra opção, porque considera que acaba por be
Pág.Página 20
Página 0021:
4 DE JANEIRO DE 2019 21 Partido Socialista, vão finalmente conseguir aquilo que sem
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 34 22 Sr.as e Srs. Deputados, o que importa, neste m
Pág.Página 22