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I SÉRIE — NÚMERO 49

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O Sr. Presidente: — Pelo Grupo Parlamentar do PSD, tem a palavra o Sr. Deputado Cristóvão Simão Ribeiro.

O Sr. Cristóvão Simão Ribeiro (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.as e Srs. Peticionários,

gostaria de deixar duas notas prévias a esta discussão: em primeiro lugar, discutimos aqui uma petição que foi

subscrita por 4462 peticionários e que está em análise nesta Casa — pasme-se! — há mais de um ano e meio.

Em segundo lugar, gostaria, também, de dizer que esta petição, na realidade, tem a ver com muitas daquelas

que foram as vicissitudes que estiveram na base do nascimento, da evolução e do funcionamento do Hospital

Senhor do Bonfim. Mas, Sr.as e Srs. Deputados, passo a expressão, permitam-me: «A César o que é de César»!

Portanto, eu não venho para aqui contar a história do Nuno, da Mariana, da Augusta, do João, do Hugo, do

amigo do Hugo ou do avô do André.

A Sr.ª Joana Lima (PS): — É do Passos e do Paulo!

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Pois não! É só do Pedro!

O Sr. Cristóvão Simão Ribeiro (PSD): — Tenham calma, Srs. Deputados!

É importante fazer uma resenha histórica do processo e da evolução do Hospital Senhor do Bonfim. A quem

de direito, lá caberão as relações e as histórias familiares e dos amigos.

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Vai contar a história do Pedro?!

O Sr. Cristóvão Simão Ribeiro (PSD): — Aqui, importa esclarecer qual foi a evolução do Hospital Senhor

do Bonfim.

Portanto, começo por lembrar que este Hospital está situado na zona de Vila do Conde, numa área superior

a 13 ha. A sua construção foi iniciada há mais de uma década e entrou em funcionamento há, mais ou menos,

cinco anos, com um investimento de 100 milhões de euros e, à altura, seria dotado de unidades residenciais,

hospitalares e de serviço ambulatório, distribuídas por mais de oito edifícios autónomos.

Infelizmente, Sr.as e Srs. Deputados, cedo se percebeu que este equipamento, porventura, teria uma

dimensão exagerada, induzida, naturalmente, pelo Governo do Partido Socialista de 2008, que, à época,

considerou este investimento de interesse público nacional.

O Sr. Luís Vales (PSD): — Bem lembrado!

O Sr. Cristóvão Simão Ribeiro (PSD): — Um investimento que previa, no seu plano inicial, uma faturação

superior a 44 milhões de euros, mas que nunca passou dos 3 milhões de euros, e que apontava, também, para

a criação de mais de 900 postos de trabalho, mas, em 2018, não tinha ultrapassado os 200 postos de trabalho.

Portanto, Sr.as e Srs. Deputados, esta petição surge, afinal, no seguimento de quê? Surge de uma premissa

muito básica e muito elementar, que tem a ver com as promessas que foram feitas no Governo de José Sócrates,

do Partido Socialista e do Sr. Secretário de Estado Manuel Pizarro, que, aliás, sendo da região Norte, conhecia

muito bem a realidade, e a diferença abissal da crua realidade dos factos que, depois da implementação de tal

projeto, se verificou. Esta é a realidade que os senhores não podem desmentir.

Sr.as e Srs. Deputados, Sr.as e Srs. Peticionários, este Hospital acabou, então, por ser vendido a um outro

grupo privado, prestador de cuidados de saúde a norte do País.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem de terminar, já ultrapassou largamente o tempo de que dispunha.

O Sr. Cristóvão Simão Ribeiro (PSD): — Sr. Presidente, termino já.

Ora, contrariando aqui o ódio ideológico aos privados e à iniciativa privada, o PSD declara-se aberto a discutir

com seriedade esta matéria, mas, Sr. Presidente, nunca no grau de exagero, de irresponsabilidade e de

irracionalidade de José Sócrates, Manuel Pizarro e muitos daqueles que estão sentados na bancada do PS.

Aplausos do PSD.

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