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7 DE MARÇO DE 2019

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… ponham lá a mão na consciência e vejam se a vossa ação casa com o vosso discurso. É ou não uma fake

news que o Governo passe a mensagem que aceitou retomar as negociações com os professores, transmitindo

a falsa ideia de que está disponível para chegar a acordo, e que depois, quando eles sobem o elevador e chegam

lá acima, lhes diga que não têm nada para oferecer para além daquilo que já ofereceram?

É ou não um engodo que, no último ano, o Governo e o PS tenham propalado aos sete ventos que resolveram

o problema do Novo Banco e que, agora, estejam a confrontar os contribuintes com a necessidade de lá

colocarem mais 1143 milhões de euros?

É ou não uma falsidade requintada a notícia, repetida vezes sem conta, de que nunca se investiu tanto no

Serviço Nacional de Saúde quando a verdade é que os hospitais chegaram a um degredo onde nunca antes se

tinham encontrado?

É ou não um embuste que o Governo e o PS tenham anunciado a descida do ISP dos combustíveis, que

antes era para o gasóleo e para a gasolina, que depois passou a ser só para a gasolina e que, depois ainda,

passou a ser nem para uma coisa nem para outra, porque decidiram lançar uma nova taxa de carbono, que

manteve os combustíveis cada vez mais caros e os portugueses a terem de fazer mais quilómetros com menos

dinheiro?

É ou não uma ilusão que os senhores tenham levantado a voz para propalarem a descida do custo da

eletricidade, criando, com isso, a expectativa de que todos iriam pagar menos, e que, depois, tenham vindo

corrigir, dizendo que não era para a eletricidade, era só para os contadores, e, depois ainda, que já não era para

todos os contadores, era só para alguns contadores, aqueles de menos potência, que quase 99% dos

portugueses não têm?

E é ou não é uma rasteira — desculpem a expressão — que, em face do surto das vítimas de violência

doméstica, o Primeiro-Ministro, pressionado pela sua inação, venha anunciar que vai diligenciar para que, em

72 horas, sejam aplicadas às vítimas medidas de proteção e ao agressor medidas de coação, quando umas e

outras já existem na lei desde 2015?

E é ou não é um malabarismo político que o PS e o Governo venham anunciar que pagaram a última tranche

da dívida ao FMI, quando não aliviaram o erário público, ao terem-no feito com a contração de outro empréstimo?

É ou não é fantasiosa a tirada do fim das propinas do ensino superior, que primeiro era, depois passou a ser

só para daqui a 10 anos e que agora já não se sabe bem se o é e para quando o será?

Finalmente, para não perdermos mais tempo com exemplos, é ou não é uma narrativa falsa que o Governo,

através do providencial ex-Ministro do Planeamento e Infraestruturas — hoje promovido, dentro da casa e da

família socialista, a cabeça-de-lista das eleições europeias, um verdadeiro artífice do desperdício de fundos

europeus e o escriba anónimo de um blog já hoje aqui falado —, venha, a três meses de eleições, sem dialogar

com quase ninguém, e só a olhar para a força dos votos das áreas metropolitanas, anunciar investimentos de

grande capitão, de cerca de 22 milhões de euros para 10 anos, quando, nos últimos 5, o País só conseguiu

gastar 1,5 milhões de euros, também pela mão do Governo do Partido Socialista, colocando o investimento

público nos patamares de 1970?

Srs. Deputados, para o PS e para o Governo, os fins — leia-se «ganhar eleições» — justificam os meios —

leia-se «relatos falsos». Mas lembrem-se de que estes mecanismos e processos propagandísticos só abrem

portas a um enfraquecimento da democracia e a um desastre humano que, ainda hoje, está refém de ditaduras

que se afirmaram e chegaram ao poder à custa de fake news.

A fake politic não facilita a convivência democrática; polariza, fratura, divide, cria um discurso de ódio e de

emoção e cria a visão maniqueísta de que, de um lado, estão os bons e, do outro lado, estão os maus.

O PSD não quer estar nem de um lado nem do outro, não tem essa superioridade moral. O PSD quer estar

onde sempre esteve, com a consciência tranquila, com a consciência de quem não «vende gato por lebre».

Quando antes esteve no Governo, perante dificuldades e sacrifícios, falou sempre com verdade, mesmo

perdendo votos. Teve essa imagem de marca e continua ferreamente a lutar por ela.

Na oposição, não trepa paredes para vociferar gratuitamente contra quem está no poder, só «porque sim»

ou só para fazer a manchete do dia seguinte.

Nesta matéria de falsas notícias, o PSD tudo fará para as combater, seja pela via do reforço da proteção dos

dados pessoais dos cidadãos, seja com mecanismos de capacitação das autoridades policiais para enfrentarem

o cibercrime.

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