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I SÉRIE — NÚMERO 58

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A segunda pergunta é a de saber se o PS considera que é com projetos de resolução que este problema se

resolve. Nós olhamos para este projeto de resolução e vemos um enorme vazio, um enorme vazio. Nós temos

uma proposta para ir onde dói mesmo a sério aos gigantes da economia digital, àqueles que, como o Sr.

Deputado dizia, ganham balúrdios de dinheiro com esta atuação, mas que são intocados nos seus lucros com

o projeto de resolução do Partido Socialista. Por isso, pergunto: o PS está disponível para, no dia 20, aprovar a

proposta do Bloco de Esquerda a fim de fazermos aqui o que o PS espanhol quer fazer e que está a ser feito

em França e noutros países europeus, que é taxar os gigantes da economia digital para que não haja uma

evasão fiscal do nosso País e para que não estejamos sempre a dar para o peditório desses gigantes da

economia digital, que ficam cada vez mais fortes, contra os nossos princípios basilares de democracia.

Estas são as perguntas que lhe deixo e espero que seja mais claro nas respostas do que o projeto de

resolução que o PS quis trazer, sozinho, a debate, na tarde de hoje.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Abreu Amorim, do

PSD.

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado José Magalhães, para o PSD este tema

é muito importante. As democracias modernas e maduras têm de o encarar frontalmente, preparando-se com

as defesas e antídotos que respeitem e façam respeitar a lógica democrática.

Contudo, as fake news não nasceram hoje na política portuguesa, e o PS sabe-o demasiado bem.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Em boa verdade, o PSD até esperava que o PS aproveitasse este

debate para fazer um apropriado ato de contrição ou, em alternativa, pelo menos, uma catarse no sentido que

lhe era dado na Grécia Antiga. Dizia Aristóteles: «A catarse é a purificação das almas através de uma descarga

emocional provocada por um trauma». Aparentemente, nada disso vai acontecer neste debate. Infelizmente, o

PS não reconhece os benefícios da purificação e, em lugar do ato de contrição ou da catarse, o PS parece ter

optado por uma espécie de cataplana parlamentar…

Vozes do PS: — Oh!…

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — … e, ainda por cima, sem o encanto de uma Cristina —…

Aplausos do PSD.

… sem desprimor para o Sr. Deputado José Magalhães, bem entendido —, em que tudo é amalgamado,

confundido e, sobretudo, muito bem cozido para que ninguém se lembre das origens do cozinheiro e dos seus

ajudantes.

Pois existem questões prévias a serem respondidas, se quisermos que o debate seja sério e para levar a

sério.

A revista Sábado — não estamos a falar de um site obscuro ou de uma central de fake news, estamos a falar

de um órgão de comunicação social com uma direção editorial e com jornalistas que assumem e assinam o que

escrevem —, a revista Sábado, dizia, através de documentos obtidos na «Operação Marquês», através de uma

investigação criminal, imputa ao ex-Primeiro-Ministro Sócrates a existência de um blogue, o Câmara

Corporativa, que era pago pelo «amigo» Santos Silva, um blogue anónimo porque todos os textos eram

assinados por um tal Abrantes que, entre outras atividades pouco recomendáveis, fazia a difusão de fake news.

E diz também a mesma revista que membros do Governo de então, e também do atual, colaboravam nessa

autêntica agência de fake news,…

Protestos do PS.

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