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16 DE MARÇO DE 2019

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O Sr. Presidente: — Penso que, entretanto, já houve condições para os Srs. Deputados se registarem,

utilizando o sistema eletrónico, pelo que vamos proceder à verificação do quórum de deliberação.

Os Srs. Deputados que, por qualquer razão, não o puderem fazer terão de o sinalizar à Mesa e depois fazer

o registo presencial para que seja considerada a respetiva presença na reunião.

Pausa.

O quadro eletrónico regista 214 presenças, às quais se acrescentam 2, dos Srs. Deputados Jorge Costa e

Mariana Mortágua, do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, perfazendo 216 Deputados, pelo que temos

quórum para proceder às votações.

Passamos ao Voto n.º 766/XIII/4.ª (apresentado pelo PS e subscrito por Deputados do PSD) — De pesar

pelo falecimento de Vítor José Domingos Campos, que vai ser lido pela Sr.ª Secretária Sandra Pontedeira.

Tem a palavra, Sr.ª Secretária.

A Sr.ª Secretária (Sandra Pontedeira): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«Faleceu Vítor José Domingos Campos. Nascido em Torres Vedras, em 11 de março de 1944, Vítor Campos

licenciou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, em 1971.

Notabilizou-se como jogador da Associação Académica de Coimbra vestindo esta camisola durante 13

épocas consecutivas. Durante este período, sagrou-se vice-campeão nacional na época de 1966/1967 e jogou

duas finais da Taça de Portugal, em 1967 e em 1969.

Foi internacional pela Seleção Portuguesa de Futebol. Nessa qualidade, Vítor Campos foi um dos maiores

símbolos da Académica, onde se estreou em 1963 e onde realizou 345 jogos.

Destacou-se como jogador-estudante, sendo um dos símbolos da cidade de Coimbra e da Académica no

tempo em que esta também era um símbolo importantíssimo da luta pela liberdade e pela democracia. Neste

contexto, ficou célebre a já referida final da Taça de Portugal contra o Sport Lisboa e Benfica em 1969, em que

participou, e em que este jogo se tornou numa das maiores e mais importantes manifestações contra a ditadura,

devido ao seu enquadramento no contexto da crise académica de 1969.

Depois de terminar a carreira desportiva, manteve-se sempre ligado à Académica, como sócio e dirigente, e

era, atualmente, o sócio número um do Núcleo de Veteranos.

A sua dimensão humana era também reconhecida como notável médico. Com a especialidade de anestesista

desenvolveu a maior parte da sua carreira ao serviço do Hospital da Universidade de Coimbra.

Vítor Campos manteve toda a vida uma postura de grande solidariedade, de rara lealdade e de exemplar

civismo, que permitirão lembrá-lo sempre como uma referência por todos aqueles que com ele privaram.

Assim, reunida em sessão plenária, a Assembleia da República manifesta o seu pesar pelo desaparecimento

de Vítor Campos, transmitindo à família e amigos e à Associação Académica de Coimbra (OAF) as suas

condolências pelo seu falecimento.»

O Sr. Presidente: — Queria dizer que também me associo a este voto, visto que conhecia o Vítor Campos,

por quem nutria grande estima e admiração, e cuja família está presente nas galerias.

Vamos, então, votar o voto que acabou de ser lido.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Passamos ao Voto n.º 767/XIII/4.ª (apresentado pelo PCP) — De pesar pelo falecimento do ator e encenador

Armando Caldas, que vai ser lido pela Sr.ª Secretária Sofia Araújo.

Tem a palavra, Sr.ª Secretária.

A Sr.ª Secretária (Sofia Araújo): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«Armando Caldas nasceu em 1935, em Elvas.

Toda a sua vida foi dedicada à cultura, particularmente ao teatro, como ator, encenador, divulgador. Estreou-

se, como ator, em 1958, no Teatro Avenida, em Lisboa, com O mentiroso, de Carlo Goldoni.

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