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I SÉRIE — NÚMERO 67

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O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Porfírio Silva.

O Sr. Porfírio Silva (PS): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Germana Rocha, vou responder-lhe muito

rapidamente, mas não vou dizer-lhe quantas camas vamos ter, pois nós não temos a irresponsabilidade de dizer

coisas que só poderemos saber quando lá chegarmos.

Mas estamos a fazer algo que o PSD nunca fez, que foi apostar no alojamento estudantil, tal como, aliás,

estamos a apostar na habitação.

Aplausos do PS.

Os senhores só se lembram de criticar quando o Governo do PS faz! Era bom que se tivessem lembrado

antes, porque aí já estaríamos mais longe e já teríamos feito mais. Venha para aqui, para este lado, apoiar o

que estamos a fazer, em vez de se comprazer com aquilo que não fizeram.

Aplausos do PS.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Nós não somos da mesma família!

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Sr. Deputado Duarte Marques, do Grupo Parlamentar do PSD, tem a

palavra para uma intervenção.

Pausa.

O Sr. Deputado Duarte Marques não responde à chamada.

Tem, por isso, a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Álvaro Batista, do PSD.

O Sr. Álvaro Batista (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Sá Carneiro disse um dia: «Para

restituir a dignidade indispensável a todos, é urgente reequilibrar o espaço português, promovendo o

desenvolvimento regional como pressuposto e condição que é do próprio desenvolvimento nacional».

Passados 40 anos, impõe-se reconhecer a atualidade desta afirmação e assumir que as assimetrias regionais

aumentaram. Hoje, há menos poder de compra nos territórios de baixa densidade relativamente à média

nacional, estes territórios estão mais despovoados, mais envelhecidos, têm cada vez menos jovens, menos

futuro.

Com este Governo, tudo piorou nos territórios de baixa densidade no Alentejo, nas Beiras, ou em Trás-os-

Montes. Dizem-no as pessoas que lá moram, pois não veem nada diferente, e dizem-no as estatísticas.

Vila Velha de Ródão, um concelho socialista do interior, tem hoje menos de 3300 habitantes e quase 800

idosos por cada 100 jovens. Penamacor ou Idanha-a-Nova, também eles municípios socialistas, têm: o primeiro,

por cada 100 jovens, cerca de 650 idosos e o segundo perto de 500.

Ali e em vastas áreas do País, o rendimento per capita pouco passa de metade da média nacional. Não há

lá vitalidade económica e até o futuro parece ter migrado ou ido trabalhar para o estrangeiro, como sucedeu

com as pessoas. Não se vê por lá, do Governo ou dos partidos que o apoiam, preocupação alguma com aquelas

gentes.

O PSD não se conforma e as nossas iniciativas são a prova. Deitar, verdadeiramente, mãos à obra só o

poderemos fazer quando os portugueses quiserem que o PSD volte a governar o País. Entretanto, podemos e

devemos dar sinais de que, connosco, tudo será diferente na promoção de uma coesão territorial efetiva, na

convicção de que será Portugal, no seu todo, a beneficiar com a redução das assimetrias.

Quando promete mais justiça e igualdade aos territórios, o PSD não fala de coisas que ninguém vê. No

interior, o rei vai nu, mas é porque governam as esquerdas. Aliás, quando governam as esquerdas, o rei acaba

sempre nu e a pôr as culpas em cima dos outros.

O PSD quer promover o maior aproveitamento da capacidade instalada do ensino superior no interior,

incentivar a partilha do conhecimento entre as regiões, apoiar o desenvolvimento equilibrado de todo o território

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