O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 68

28

Ninguém de boa-fé acha que o Serviço Nacional de Saúde está hoje melhor do que há quatro anos. O caso

da ala pediátrica do Hospital de São João, que poderia estar já feita, mas nem sequer ainda começou, a farmácia

hospitalar do Hospital de Gaia, a falta de equipamentos médicos no Hospital de Santa Maria, o aumento das

queixas dos utentes, a multiplicação da greve dos médicos, enfermeiros e outros profissionais, todos estes

exemplos, entre muitos outros que poderia dar, mostram um SNS mal dirigido por este Governo e esta maioria.

Bem sabemos que há sempre escassez de recursos e não ignoramos que os fenómenos demográficos do

envelhecimento e da baixa natalidade contribuem para o desafio da sustentabilidade do sistema público de

saúde.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado, queria pedir-lhe que terminasse o seu pedido de

esclarecimento, por favor.

O Sr. José de Matos Rosa (PSD): — Mas sejamos sérios: este Governo e os partidos da extrema esquerda,

que dizem apoiá-lo, sacrificaram o SNS a uma gestão ideológica que põe o Estado no lugar das pessoas. Nós,

no PSD, pelo contrário, defendemos um SNS universal e de qualidade, mas com uma gestão orientada para a

obtenção dos resultados e para os utentes.

Os senhores governam a pensar nas eleições; nós servimos Portugal e os portugueses.

Aplausos do PSD.

Vozes do PS: — Ah!…

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para formular um último pedido de esclarecimento, tem a palavra

a Sr.ª Deputada Ana Rita Bessa.

Faça favor, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra da Saúde, ouvi aqui a Sr.ª Deputada Joana

Mortágua, no discurso habitual do Bloco de Esquerda, com a sua notória posição contra os privados…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — O ódio!

A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — …e a sua habitual posição paradoxal, porque, por um lado, os privados

são chantagistas, só querem o lucro, não querem a saúde dos doentes e só querem cuidar de si próprios, mas,

por outro lado, há que salvaguardar e preservar a ADSE, ADSE que, lembro, é precisamente a porta que permite

que a Administração Pública se desvie do SNS para os tais privados maus, chantagistas e que procuram o lucro.

Portanto, o Bloco de Esquerda vive sempre na corda bamba com este seu paradoxo, umas vezes para um

lado, outras vezes para o outro, particularmente, e como tenho dito aqui várias vezes, em ano eleitoral, em que

não dá jeito nenhum dizer à Administração Pública e aos seus beneficiários que é melhor não irem à ADSE, que

o melhor é irem para as filas das listas de espera, de que aqui tanto ouvimos, esperar dois anos, no melhor dos

casos, por uma consulta no SNS.

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — São eles que pagam!

A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — Como não diz isso, vive com esse paradoxo. É um problema seu.

Já o seu Ministério tem outro paradoxo e o Sr. Secretário de Estado, aliás, já deu nota dele publicamente,

como já tive ocasião de o confrontar. E cito: «A ADSE é ainda uma entidade pública e tem de prosseguir o

interesse público. Se quiser prosseguir o interesse privado dos seus beneficiários, então, privatize-se». Dito de

outra maneira, o paradoxo do Ministério é este: de duas, uma, ou a ADSE e os contributos dos seus beneficiários

servem para gerir o orçamento do SNS e como válvula de gestão das falhas orçamentais que o SNS tem, ou,

então, se não é para isso, mais vale privatizar. Esta é a posição do Sr. Secretário de Estado.

Com tantos paradoxos entre o Governo e os partidos que o apoiam resulta claro que a ADSE está

desgovernada. Portanto, à pergunta que tenho feito repetidamente e que ainda ontem voltei a fazer, porque

Páginas Relacionadas
Página 0002:
I SÉRIE — NÚMERO 68 2 O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, Sr.
Pág.Página 2
Página 0003:
29 DE MARÇO DE 2019 3 Este Governo começou a falhar na saúde quando, de forma preci
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 68 4 portugueses, uma agenda que pode servir cliente
Pág.Página 4
Página 0005:
29 DE MARÇO DE 2019 5 Este é um facto bem demonstrativo da preocupação que permanec
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 68 6 No nosso caso, elas envolvem, por exemplo, o al
Pág.Página 6
Página 0007:
29 DE MARÇO DE 2019 7 Aplausos do PS. O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs.
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 68 8 A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Sr. Pres
Pág.Página 8
Página 0009:
29 DE MARÇO DE 2019 9 A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Para terminar,
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 68 10 O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito
Pág.Página 10
Página 0011:
29 DE MARÇO DE 2019 11 Aliás, ficamos até com a impressão de que uma parte do guião
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 68 12 O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presid
Pág.Página 12
Página 0013:
29 DE MARÇO DE 2019 13 O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Votem PCP! O
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 68 14 Depois do esforço hercúleo durante os anos da
Pág.Página 14
Página 0015:
29 DE MARÇO DE 2019 15 Aplausos do PSD. Sr. Presidente, Sr.as e Srs. D
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 68 16 O Sr. Presidente: — Para pedir esclarec
Pág.Página 16
Página 0017:
29 DE MARÇO DE 2019 17 Para terminar, Sr.ª Ministra, os médicos e as suas organizaç
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 68 18 Ministra, para quando o fim da distribuição de
Pág.Página 18
Página 0019:
29 DE MARÇO DE 2019 19 Perguntam-nos pela dívida, dizem-nos que a dívida está pior
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 68 20 Mas fomos ainda mais longe: respondemos aos an
Pág.Página 20
Página 0021:
29 DE MARÇO DE 2019 21 Aplausos do PS. Protestos do Deputado do PSD R
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 68 22 que considere as demências e a doença de Alzhe
Pág.Página 22
Página 0023:
29 DE MARÇO DE 2019 23 aparentemente contestatários, artificialmente reivindicativo
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 68 24 Sr.ª Ministra, a ADSE é um subsistema de funci
Pág.Página 24
Página 0025:
29 DE MARÇO DE 2019 25 Neste sentido, pergunto: o Governo do Partido Socialista vai
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 68 26 Protestos do PSD. …que levou ao
Pág.Página 26
Página 0027:
29 DE MARÇO DE 2019 27 Protestos do PS. … mas há Governos, do PSD, qu
Pág.Página 27
Página 0029:
29 DE MARÇO DE 2019 29 ainda ontem chegou à Comissão de Saúde um estudo da Deloitte
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 68 30 Quanto à questão que nos é suscitada sobre as
Pág.Página 30
Página 0031:
29 DE MARÇO DE 2019 31 Aplausos do PS. Protestos do PSD e do CDS.
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 68 32 O Sr. Luís Graça (PS): — Ora, estamos, hoje, a
Pág.Página 32
Página 0033:
29 DE MARÇO DE 2019 33 E continuava o guião de reforma do Estado: «Redução das barr
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 68 34 Aplausos do PS. O CDS limita-se
Pág.Página 34
Página 0035:
29 DE MARÇO DE 2019 35 A Sr.ª Maria Antónia de Almeida Santos (PS): — Muito bem!
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 68 36 É que de anúncios esta Legislatura foi fértil.
Pág.Página 36
Página 0037:
29 DE MARÇO DE 2019 37 Protestos do CDS-PP. O Sr. Presidente (José Ma
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 68 38 O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Mas há u
Pág.Página 38
Página 0039:
29 DE MARÇO DE 2019 39 A Sr.ª Ana Rita Bessa (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Sr
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 68 40 autonomia aos hospitais. Creio que saíram umas
Pág.Página 40
Página 0041:
29 DE MARÇO DE 2019 41 Protestos do PSD. … este Governo tem rec
Pág.Página 41