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I SÉRIE — NÚMERO 75

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O Sr. JoãoPinhodeAlmeida (CDS-PP): — … que já tinha iniciado um processo sério de revisão de regras

europeias. Os senhores, em quatro anos, não avançaram nada nesse processo, porque estiveram sempre

presos a estas exigências do PCP e do Bloco de Esquerda, e, para Portugal, a vossa governação foram quatro

anos perdidos, em matéria de protagonismo, na negociação das regras europeias.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem agora a palavra, para uma intervenção, a Sr.ª Deputada

Teresa Leal Coelho, do PSD.

A Sr.ª TeresaLealCoelho (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados: Dirigindo-me,

sobretudo, aos Srs. Deputados do PCP, direi ao Sr. Deputado Paulo Sá que as duras consequências que referiu

como tendo sido consequências resultantes do tratado orçamental mais não são do que as duras consequências

resultantes da política orçamental que os senhores têm apoiado neste Parlamento, ano após ano.

VozesdoPSD: — Ora bem!

Protestos do Deputado do PCP Paulo Sá.

A Sr.ª TeresaLealCoelho (PSD): — O PCP e os Srs. Deputados do PCP não são bons alunos da Europa,

os senhores são catedráticos da Europa. Hoje, são catedráticos desta política orçamental, que seguem com o

Sr. Ministro Mário Centeno.

O Ministro das Finanças dos Srs. Deputados do PCP é o Ministro Mário Centeno, que é também o Presidente

do Eurogrupo, o Presidente dos capitalistas, Srs. Deputados, daqueles que os senhores repudiam, daqueles em

que os senhores não acreditam.

Protestos do PCP.

Os senhores não podem, como já referiu o Sr. Deputado João Almeida, atuar de uma forma e, depois,

defender uma retórica que não coincide com aquilo que tem sido o percurso do PCP, neste Parlamento.

São essas dissensões que o PS tem, depois, muita dificuldade em resolver com aqueles que suportam a sua

política orçamental. A Sr.ª Deputada Margarida Marques teve de fazer aqui um jogo de cintura para dizer:

«Concordamos, mas não concordamos com o tratado orçamental». Mas concordam com o tratado orçamental,

concordam com as posições do Sr. Presidente do Eurogrupo.

A sorte do Grupo Parlamentar do PS é que, embora defenda às segundas, terças e quartas, aquilo que nós

almejamos para a construção europeia, depois, às quintas e sextas, tem de dormir com o inimigo, o que é

absolutamente lamentável.

O pensamento marginal que aqui nos traz o PCP, e que é apoiado por Os Verdes e pelo Bloco de Esquerda,

contraria não só aquilo que é a posição de Portugal na construção europeia, como contraria aquilo que é dito

pelos nossos representantes — nossos, de Portugal — na Europa e, designadamente, pelo Ministro das

Finanças, a todo o momento.

Os Srs. Deputados do PS têm a sorte de ter à vossa esquerda neste Hemiciclo um grupo parlamentar muito

responsável. Um grupo parlamentar que dá sinais bem claros aos nossos parceiros europeus e também a mais

de 80% da população portuguesa que defende, efetivamente, a construção europeia e um equilíbrio orçamental

e financeiro que permita sustentar os direitos fundamentais.

A responsabilidade orçamental e financeira é, Srs. Deputados e Sr.as Deputadas, o pressuposto inalienável

de todos os direitos fundamentais.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr.ª Deputada, queira terminar, se fizer favor.

A Sr.ª TeresaLealCoelho (PSD): — Vou já terminar, Sr. Presidente.

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