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I SÉRIE — NÚMERO 89

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Primeiro, os agradecimentos, porque são merecidos: ao Partido Socialista, por razões óbvias, ou

possivelmente não tão óbvias para alguns que reclamam um estatuto totalmente autónomo que lhes advém do

voto popular, desligado do partido cujas listas integram.

De facto, é inegável, somos todas e todos eleitos pelo povo e o nosso mandato repousa na vontade soberana

de quem nos dá a sua confiança. Sou, no entanto, suficientemente lúcida para perceber que o voto não foi dado

diretamente à Wanda Guimarães mas ao Partido Socialista e que, muito provavelmente, se o fosse, não

conseguiria ser eleita.

Aplausos do PS.

O meu muito obrigado ao Sr. Presidente da Assembleia da República, pelo trabalho incansável que tem

desenvolvido para aligeirar os excessos burocráticos que nos invadem, aproximando o Parlamento dos

cidadãos. Exercer a presidência com elevação e inteligência e, simultaneamente, fazê-lo com rigor e sentido de

humor foram caraterísticas constantes no desempenho de V.Ex.ª, admitamos, numa rara e feliz conjugação.

Aplausos do PS.

Os meus agradecimentos também ao líder do meu Grupo Parlamentar, Deputado Carlos César, e nele a toda

a direção, por ter confiado no meu trabalho, primeiro a nível da Vice-Presidência da 10.ª Comissão e mais

recentemente na Vice-Presidência do Grupo, pese embora uma natural rebeldia que herdei de outras lutas.

A minha primeira nota é para sublinhar a relevância que o PS atribuiu ao mundo do trabalho com estas

escolhas. Infelizmente, foi pouco acompanhado. Com experiência de terreno numa direção sindical somos

apenas três e dois são do Partido Socialista.

Um alerta para as próximas eleições dirigido a todos os partidos: valorizem a prestação sindical. É uma

escola essencial para quem mexe na vida das pessoas e entre a teoria e o terreno a diferença é abissal! Garanto-

vos que não existe melhor escola.

Uma nota mais sobre a função parlamentar: faz-me impressão a «normalidade» partilhada com que cada um

de nós exerce o seu mandato sem muitas vezes interiorizarmos a nobreza da função que recebemos, mas

também o seu peso, e falo por mim. Quando me apercebi que estava a desenvolver o meu trabalho, como

sempre me esforço por fazer, e que me esquecia, nesse desenvolvimento, da natureza única destas funções,

tenho tentado que o meu quotidiano parlamentar me afaste da possível leveza no meu desempenho e seja

impregnado desta belíssima responsabilidade de representar as pessoas.

Os meus agradecimentos vão diretos aos meus camaradas da Comissão de Trabalho e Segurança Social,

que me ajudaram ao longo de quatro anos sempre que assumi a sua presidência, mas também nas minhas

funções como Deputada, e ainda a todos os e as camaradas do Grupo Parlamentar do Partido Socialista. Nem

sempre sublinhamos a importância para o nosso trabalho de assessores, secretárias e demais funcionários. A

todos agradeço a colaboração empenhada.

Não esqueço, sobretudo à esquerda, e pese embora as nossas diferentes perspetivas sobre algumas

matérias, a abertura e o espírito de equipa que foi possível construir, de que resultaram consideráveis avanços

no campo laboral e no prazer genuíno e egoísta que retirei desse trabalho. Mas também recordo à direita

algumas pessoas, confesso mais por elas e do ponto de vista humano do que pelas causas defendidas,

compreendendo que o facto de estarem em minoria, a maior parte das vezes, lhes aguçou o discurso.

Vem a propósito a terceira nota: as ideologias.

Vamo-nos deixar de hipocrisias. Todos temos uma ideologia (e ainda bem!) porque todos defendemos uma

determinada conceção de sociedade, e todos hierarquizamos, embora de forma diferente (e ainda bem!),

convicções e valores. Mesmo os que apregoam a sua repugnância pelas ideologias mais não estão do que a

defender a sua em detrimento da dos outros.

Aplausos do PS.

O meu único lamento é que não sejam capazes de o afirmar com clareza, porque a diferença será sempre

um fator de enriquecimento das sociedades.

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