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I SÉRIE — NÚMERO 90

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O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Atenção ao tempo, Sr.ª Ministra.

A Sr.ª Ministra da Saúde: — Uma, relativa ao pedido de contratação de técnicos do INEM, estando em

análise o pedido de contratação de 200 técnicos.

Outra, relativa ao que a Sr.ª Deputada Sara Madruga afirmou sobre o hospital da Madeira. De facto, o

investimento foi aprovado em Resolução de Conselho de Ministros, já me pronunciei sobre esse tema, lamento

que o Sr. Presidente do Governo Regional não tenha gostado da resposta e tenha considerado que havia aqui

um problema de casting. Para mim, a saúde dos portugueses é muito mais do que um casting, do que um papel,

do que um elenco. Lamento!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Vamos entrar na segunda ronda de perguntas.

Tem a palavra, para o efeito, o Sr. Deputado Pedro Alves, do PSD.

O Sr. Pedro Alves (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra, Sr.as e Srs. Deputados, é inegável que, nos últimos

quatro anos, as más opções políticas do Governo têm tido um impacto muito negativo em todas as unidades do

Serviço Nacional de Saúde.

No Centro Hospitalar Tondela-Viseu, essas evidências são cada vez mais claras e os episódios cada vez

mais difíceis e frequentes.

O Primeiro-Ministro, em campanha eleitoral, afirmou que «ao contrário do que eles desejavam, o diabo não

veio». Isto até poderia ter a sua graça se o diabo não tivesse mesmo vindo. É verdade que desta vez não chegou

sob a forma de bancarrota, como é apanágio dos socialistas, mas chegou! Infelizmente, também chegou à região

de Viseu com muitas caras e uma delas é a sua, Sr.ª Ministra, com a degradação do serviço prestado pelo

Centro Hospitalar Tondela-Viseu.

Sr.ª Ministra, não lhe vou falar sobre dívidas e prazos de pagamento a fornecedores, do tempo de espera em

consultas e cirurgias ou mesmo da falta de recursos humanos. Essas são matérias transversais a todo o País

e, infelizmente, nós também não somos exceção.

Vou referir três situações muito concretas.

Primeira, sobre o centro oncológico. Depois de tantos episódios desagradáveis, que não vou aqui descrever,

diga-nos, com franqueza, quando, como e por quanto vai ser feito e qual o financiamento disponível.

Segunda, sobre ampliação do serviço de urgência. Depois de dois anos de suspensão do concurso por culpa

das cativações, diga-nos com exatidão quando é que começam as obras. Melhor dito e «à socialista», quando

é que o Governo lá vai fazer a festa do lançamento da primeira pedra, com dois anos de atraso e com mais três

anos para futura execução.

O Sr. Carlos Silva (PSD): — Muito bem!

Protestos da Deputada do PS Joana Lima.

O Sr. Pedro Alves (PSD): — Por último, sobre a insatisfação dos profissionais de saúde. Há sucessivos

casos que se têm tornado públicos a nível da insatisfação dos recursos humanos, nomeadamente médicos e

enfermeiros. Sabemos que é normal que aconteça este tipo de situações de divergência na gestão da

organização dos serviços. Não estávamos habituados e tornou-se recorrente é a que estas situações se

traduzam em demissões das chefias e se tenham tornado públicas, como ainda hoje aparece na comunicação

social.

Diga-me, Sr.ª Ministra, o que tem levado esses profissionais competentes e dedicados a tomar posições tão

radicais e a manifestarem publicamente a sua insatisfação? No passado, certamente que estas posições

também aconteciam, mas eram resolvidas entre o conselho de administração e os profissionais. Será, então,

por incompetência deste novo conselho de administração? Será por falta de equipamentos? Será por falta de

recursos humanos ou financeiros que isto acontece? Explique-nos, Sr.ª Ministra! É que estas situações, para

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