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31 DE MAIO DE 2019

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lado da história querem contribuir e mudar para uma lei do SNS que seja verdadeiramente moderna e que

responda aos desafios que ele enfrenta hoje: robustez, refinanciamento e qualidade nos cuidados a prestar aos

portugueses, em nome de uma saúde digna.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Ainda para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Carla Cruz,

do PCP.

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo: O PSD e o

CDS trouxeram, mais uma vez, durante este debate, falsas preocupações com os utentes, falsas preocupações

com os profissionais e falsas preocupações com o Serviço Nacional de Saúde.

O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — Só os senhores é que se preocupam! Os senhores são os fiéis depositários

do SNS!

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — O que eles tentaram fazer foi aligeirar as suas enormes responsabilidades, mas,

sobretudo, tentar esconder as suas reais intenções e as reais intenções não são defender o Serviço Nacional

de Saúde, não são defender os utentes, não são defender os profissionais. As suas reais intenções são destruir

a resposta pública, continuar a promiscuidade entre os setores público, social e privado, para facilmente destruir

o SNS e facilmente o privatizar.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem de concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Aliás, todas as intervenções do PSD e do CDS foram feitas com esse intuito.

Da parte do PCP, o que trouxemos foram problemas reais. São problemas que existem, mas avançámos

aqui com as soluções necessárias, e são muitas, para resolver os problemas de acesso, os problemas dos

profissionais e o reforço do Serviço Nacional de Saúde. E só há uma palavra para se poder fazer isso, Sr.ª

Ministra, Srs. Membros do Governo: reforçá-lo. Não podemos continuar a dizer que o Serviço Nacional de Saúde

é uma prioridade, é importante reforçá-lo. Para isso é preciso que haja medidas claras ao nível do investimento,

financiamento e reforço dos profissionais, porque sem isso não há, verdadeiramente, um Serviço Nacional de

Saúde universal, geral e gratuito…

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Terminou o seu tempo, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — … — termino mesmo, Sr. Presidente — e é muito claro que só a gestão pública

garante isso.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Srs. Deputados, estamos em condições de passar à fase de

encerramento da presente interpelação.

Para o efeito, tem a palavra o Sr. Deputado Cristóvão Norte, do PSD.

O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª Ministra da Saúde e demais

Membros do Governo: O SNS enfrenta uma terrível provação. Vítima de um governo cuja opção, tão deliberada

quão perniciosa, consistiu em abdicar de investir em equipamentos, ignorar o crescimento brutal de listas de

espera e render-se a indicadores de oferta assistencial que colocam em causa a dignidade humana e o mais

elementar acesso à saúde, sofre o risco, como Correia de Campos — sim, Correia de Campos, o ex-ministro de

governos do Partido Socialista — assinalou, de se tornar numa caricatura, por comparação ao que os seus pais

fundadores sonharam.

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