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I SÉRIE — NÚMERO 90

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Por último, o Sr. Deputado tentou fazer um balanço negativo da atividade deste Governo. Sr. Deputado, o

nosso balanço é muito objetivo e está à vista: mais 1400 milhões de euros de reforço orçamental; mais 9000

profissionais; mais 600 000 consultas; mais 30 000 cirurgias; maior cobertura de médicos de família; mais

investimento em novos hospitais e em novos centros saúde.

Mas seria interessante fazer o balanço da oposição PSD.

A Sr.ª Ângela Guerra (PSD): — Seria muito interessante.

O Sr. António Sales (PS): — Esse balanço foi o de dizer mal de tudo aquilo que o Governo fazia. Disse mal

da redução de taxas moderadoras, disse mal do reforço do número de profissionais, disse mal da reposição de

vencimentos e da reposição das 35 horas. Esteve contra tudo e contra todos em todas as ocasiões.

A errática e inconsequente conduta política do PSD é uma causa inevitável do balanço negativo aos olhos

dos portugueses. Sr. Deputado, eu diria que os ativos políticos do PSD se depreciaram, que os passivos

aumentaram e que o crédito político do PSD é hoje inexistente. E se dúvidas houvesse, a demonstração de

resultados foi no passado domingo, com o resultado obtido nas eleições europeias.

Por tudo isto, Sr. Deputado, gostaria de lhe perguntar o seguinte: com tão fraco balanço da oposição ao longo

desta Legislatura, como é que o PSD pode pretender ser alternativa a este Governo? Como é possível a esta

oposição PSD, sem ideias, sem soluções, sem propostas para oferecer aos portugueses, pretender apresentar-

se em outubro como força política capaz de consolidar o Serviço Nacional de Saúde?

Aplausos do PS.

Entretanto, assumiu a presidência o Vice-Presidente Jorge Lacão.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Graça.

O Sr. Luís Graça (PS): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra da Saúde, Srs. Secretários de Estado, Sr.as e Srs.

Deputados, depois de um fim de semana eleitoral negativo — muito negativo! —, o PSD, sem surpresa, resgata

mais uma vez o tema da saúde, tentando explorar, do ponto de vista emocional, as dificuldades e os

constrangimentos do Serviço Nacional de Saúde.

Temos noção, e os portugueses também têm, de que é preciso continuar a investir no SNS, na contratação

de novos profissionais, na modernização tecnológica dos equipamentos, mas os portugueses sabem que onde

os senhores diminuíram nós aumentamos. Onde os senhores diminuíram profissionais, nós aumentamos, onde

os senhores diminuíram médicos, nós aumentamos, onde os senhores diminuíram enfermeiros, nós

aumentamos.

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Ai sim? Muito óbvio! Por isso é que fazem greve!

O Sr. Luís Graça (PS): — Os portugueses sabem que existem insuficiências, mas também sabem que só o

Governo do PS garante um plano sustentável e continuado de investimento e modernização do SNS.

Permita-me, Sr. Deputado Ricardo Baptista Leite, dar-lhe o exemplo do Algarve, que os senhores tanto

gostam de explorar com casos. A estratégia do PSD para o Algarve passou pela fusão de três hospitais, fusão

essa sem nenhum plano, sem nenhum estudo, feita de cima para baixo, ou seja, impondo uma fusão aos

médicos.

A estratégia desta fusão passava pelo desmantelamento do hospital do barlavento algarvio, que, segundo o

PSD, deveria transforma-se numa espécie de centro de saúde, perdendo quase todas as especialidades médico-

cirúrgicas, encerrando, por exemplo, a maternidade e a pediatria da unidade de Portimão, anunciando o PSD,

na altura, que já tinha em Faro — imagine-se! — apartamentos para colocar as grávidas de Aljezur, de Vila de

Bispo, até poderem dar à luz. Era este o programa do PSD para a saúde de metade da população do Algarve.

Sr. Deputado Ricardo Baptista Leite, quem deveria ter vindo aqui, hoje, fazer um mea culpa era o senhor, em

relação àquilo que fizeram entre 2011 e 2015.

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