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15 DE JUNHO DE 2019

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Um SNS em que os hospitais centrais não têm capacidade de resposta para grávidas, obrigando as mulheres

em trabalho de parto a deslocar-se para outros hospitais pelos seus próprios meios ou as crianças a nascer em

bombas de gasolina, porque os hospitais não têm médicos.

Um SNS em que os hospitais fecham os serviços médicos ou suspendem as cirurgias por falta de recursos

humanos ou de material básico.

Um SNS com doentes internados durante dias e dias nos corredores ou em refeitórios.

Um SNS em que os profissionais de saúde estão desmotivados, mesmo desesperados, e recorrem à greve

como último recurso, perante um Governo que os ignora, despreza, persegue e amordaça.

Um SNS em que os serviços farmacêuticos estão em colapso, funcionando alguns deles sem segurança e

garantia de qualidade ambiental mínima.

Um SNS onde, enfim, os utentes, que deviam estar no centro do sistema e constituir a razão de ser das

políticas públicas, são esquecidos, abandonados e relegados para o anonimato do seu indizível sofrimento

pessoal.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, falemos claro, de uma vez por todas: o Serviço Nacional de Saúde

está doente. Os senhores estão a transformar o SNS numa caricatura do que pretendiam os seus fundadores.

O SNS encontra-se bem perto de uma crise grave.

A confiança dos cidadãos no SNS tem sido diariamente abalada por queixas sobre tempos de espera por

consultas ou cirurgias, demoras e desconfortos nas urgências, carências de equipamentos, de pessoal, de

condições de acolhimento e tratamento. Quem o diz não é só o PSD, é também o já citado Dr. Correia de

Campos, pelos vistos, hoje, um dos poucos homens lúcidos no hemisfério da geringonça.

O Sr. Cristóvão Simão Ribeiro (PSD): — Muito bem!

O Sr. José de Matos Rosa (PSD): — Neste contexto do colapso latente do SNS, os senhores divertem-se

em jogos adolescentes, obséquios vossos,…

A Sr.ª Maria Antónia de Almeida Santos (PS): — Ai somos adolescentes!? Que bem!

O Sr. José de Matos Rosa (PSD): — … em que os avanços e recuos se sucedem em torno da lei de bases,

onde a única dúvida é a de saber quem, de entre vós, é o fundamentalista mais estatista.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. José de Matos Rosa (PSD): — As pessoas, para vós, não passam de um mero instrumento no caminho

para o socialismo, quando, na realidade, são as grandes vítimas da vossa insensatez ideológica.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. José de Matos Rosa (PSD): — Para o PSD, as pessoas estão primeiro. Acreditamos num Serviço

Nacional de Saúde centrado no interesse dos cidadãos e na sua liberdade de escolha,…

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. José de Matos Rosa (PSD): — … em que a efetivação do direito à proteção da saúde seja o alfa e o

ómega das políticas sociais. É por isso que lutamos e é por essa realidade que o PSD consagrará toda a sua

existência.

Aplausos do PSD.

Entretanto, assumiu a presidência o Vice-Presidente José Manuel Pureza.

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