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I SÉRIE — NÚMERO 99

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De resto, Sr. Secretário de Estado, os casos multiplicam-se por todo o País e há algumas consequências

que os portugueses estão a enfrentar quando recorrem aos serviços de saúde que não são aceitáveis.

Srs. Membros do Governo, não é aceitável que, em pleno século XXI, no hospital de Évora, as pessoas não

tenham acesso a água quente. Parece os hospitais da União Soviética na década de 80, que também não tinham

água quente, só funcionavam a água fria!

O Sr. João Oliveira (PCP): — A ignorância chega muito longe, realmente! Não se preocupa com a

credibilidade do que diz!

O Sr. Miguel Santos (PSD): — De certeza que, nas suas residências, os Srs. Membros do Governo têm

acesso a água quente!

Protestos do PS.

Como é possível, em pleno século XXI, termos pessoas em unidades do Serviço Nacional de Saúde nessa

situação há mais de um mês? Sr. Secretário de Estado, meta-se no carro e vá a Évora ver o que lá se passa!

Isso não é aceitável!

Protestos do PS.

É um retrocesso civilizacional! Não corresponde a patamares mínimos — mínimos! — de prestação dos

cuidados de saúde.

De resto, há aqui um mistério: o Governo e os Srs. Deputados que o apoiam, não só os do Partido Socialista,

mas também dos outros partidos, continuamente afirmam que o Serviço Nacional de Saúde dispõe de mais 10

800 trabalhadores, funcionários de diversas categorias. É muita gente, Sr. Secretário de Estado! A pergunta que

se coloca é a seguinte: onde é que eles estão? É que esse número não dá para passar despercebido nem dá

para esconder as pessoas! É muita gente!

É claro que nas maternidades de Lisboa não estão. É óbvio que em Évora também não estão. Em Beja e

Portimão também não estão. Portanto, os casos multiplicam-se de Norte a Sul, pelo que é um mistério perceber

como é que o Serviço Nacional de Saúde, tendo mais 10 800 funcionários, presta um serviço de pior qualidade

aos cidadãos e aos portugueses.

É um mistério perceber como é que o Governo afirma que o investimento público no SNS aumenta — é

evidente que não aumenta, Sr. Secretário de Estado! — e o serviço prestado é pior.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Pois é!

O Sr. Miguel Santos (PSD): — Estas são as explicações que o Sr. Secretário de Estado devia prestar a esta

Câmara para percebermos definitivamente, se os custos globais aumentaram e há mais funcionários, por que

razão a resposta é pior.

Seria interessante também, finalmente, perceber se o Governo já tem uma avaliação disto tudo e se

consegue comprovar tecnicamente o que se está a passar no Serviço Nacional de Saúde para não se ficar só

por parangonas e por afirmações que todas as pessoas sentadas nesta Câmara sabem que não correspondem

à verdade.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para responder a questões colocadas, a Sr.ª Secretária de Estado da

Justiça, Anabela Pedroso.

A Sr.ª Secretária de Estado da Justiça (Anabela Pedroso): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, muito bom

dia.

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