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28 DE JUNHO DE 2019

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Médicos alertam para o caos no Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra — são os médicos a alertar!

— e de Norte a Sul do País não há luvas, não há fios de sutura, não há macas, não há instrumentos cirúrgicos,

máquinas de sutura mecânica e não há água quente. Não há, não há, não há!…

A Sr.ª Eurídice Pereira (PS): — Está a falar do vosso passado?!

A Sr.ª Ângela Guerra (PSD): — É a palavra de ordem, certamente inspirada ali nos vossos companheiros

do Partido Comunista!

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — Muito bem!

Protestos dos Deputados do PCP João Dias e João Oliveira.

A Sr.ª Ângela Guerra (PSD): — Face a tudo isto, que se vive quotidianamente, não se estranha, pois, que o

Sr. Primeiro-Ministro e o Dr. Mário Centeno andem de mãos dadas pelo País, de terra em terra, a prometer tudo

a todos, prometendo mais profissionais, mais direitos laborais, mais hospitais e deixando toda a gente à sua

sorte, completamente ao abandono, e as pessoas a morrerem à espera de cirurgias.

Sr. Deputado, V. Ex.ª poderá responder-me que esta Câmara, hoje, não traz nada de novo ao debate.

Infelizmente, digo eu, Sr. Deputado! É a desgraça absoluta a que este Governo deixou chegar o SNS e o acesso

dos cidadãos a consultas e a cirurgias — infelizmente, é exemplo disso a ULS (Unidade Local de Saúde) do

meu distrito —, é a desorganização, é a desordem absoluta que se vive na ULS da Guarda por estes dias.

O Sr. Ricardo Baptista Leite (PSD): — É claro! Da Guarda!

A Sr.ª Ângela Guerra (PSD): — As notícias, infelizmente, falam por nós, refletem que há escassez de

médicos e agora falta também material. E chegamos ao ponto de prepararem doente oncológicos para as

cirurgias sem previamente verificarem se o respetivo material cirúrgico lá está, se está disponível e se é o

necessário para aquele doente.

Portanto, ali, Sr. Deputado, falta tudo: faltam ortopedistas, e por isso há cinco bombeiros da corporação de

Celorico da Beira, que vinham de um incêndio na A25, que têm um acidente e têm de ser evacuados para

Tondela/Viseu; faltam macas a estes bombeiros, que se queixam junto da Liga que ficam 4, 5, 6 horas à espera

que a ULS lhes liberte as macas porque não têm camas disponíveis para colocar os doentes; faltam também

médicos — cardiologistas, otorrinos, oftalmologistas —, médicos estes que apenas fazem urgências uma vez

por mês e, por isso, percebemos perfeitamente como é que há pessoas que esperam quatro anos pela primeira

consulta.

Por tudo isto, eu diria que há um corrupio absoluto no distrito da Guarda, com transporte de doentes que

sucessiva e consecutivamente têm de deslocar para Coimbra e para Viseu para receber os seus tratamentos,

transportes estes, veja-se lá, que a Sr.ª Ministra da Saúde não paga…

Protestos do Deputado do PCP João Dias.

… e vem o Sr. Primeiro-Ministro aqui dizer que está tudo pago! Srs. Deputados, já lhes disse, e volto a dizer,

que são 35 milhões que estão em dívida, e só para as corporações do distrito da Guarda a dívida é de 1,5

milhões.

Portanto, face a tudo isto, Sr. Deputado, a única coisa que me ocorre perguntar-lhe é se, depois de quatro

anos de Governo, de quatro Orçamentos aprovados pelos senhores e por aqueles senhores que ali se sentam

à esquerda, o senhor não sente uma profunda vergonha das declarações clamorosas que o Sr. Ministro Mário

Centeno produziu por estes dias, tecendo maravilhas sobre o estado atual do SNS? Eu teria, Sr. Deputado,

muita vergonha.

Aplausos do PSD e da Deputada do CDS-PP Isabel Galriça Neto.

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