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I SÉRIE — NÚMERO 103

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Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para uma intervenção, em nome do Grupo Parlamentar do

CDS-PP, tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Galriça Neto.

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Cumprimento, em primeiro

lugar, os mais de 7000 peticionários que nos trouxeram esta temática tão relevante sobre a questão do acesso

aos cuidados continuados na região de Coimbra.

O CDS subscreve inteiramente a preocupação com o acesso aos cuidados continuados, ou a falta dele, não

apenas na região de Coimbra, mas a nível nacional. Temo-lo denunciado amplamente, porque, de facto, como

eu disse, infelizmente, não é apenas na região de Coimbra, é em todo o País que assistimos a tempos de espera

intoleráveis para aceder a este tipo de cuidados e a promessas não cumpridas de que «agora é que é!» e de

que se vai reforçar a resposta, nomeadamente em termos residenciais, para pessoas que representam, como o

CDS tem dito, um grupo crescente neste País.

Temos dito e temos escrito que teremos, em Portugal, cada vez mais, pessoas com doença crónica, com

incapacidades progressivas, que não podem ser pessoas menores no sistema de saúde e que têm de ter uma

resposta de continuidade, seja com vista à reabilitação, seja, no caso de fim de vida, em termos de cuidados

paliativos.

Lamentamos que, nestes últimos tempos de governação socialista apoiada pelas esquerdas unidas, a

acessibilidade não tenha melhorado nada.

Protestos do Deputado do PCP Jorge Machado.

E, sim, devemos pensar que, efetivamente, para estes portugueses, este Governo, na saúde e no apoio

social, também não serviu.

Porém, não é só uma questão de acesso, é também uma questão de dívidas que paralisam as instituições

de cuidados continuados e que, inclusivamente, fazem perigar a qualidade assistencial a estas pessoas. E, sim,

o CDS continuará a dizer que, para nós, estes não são portugueses de segunda no sistema de saúde e exigem-

se respostas planeadas…

Protestos do Deputado do PCP Jorge Machado.

Sr. Deputado, ouvi a intervenção do PCP, pelo que agora vai, com certeza, deixar-me falar.

Dizia eu que, para estas pessoas, se exigem respostas planeadas, devidamente consistentes. Não é apenas

uma questão de considerar como recurso um edifício que exista, é, sobretudo, uma questão de considerar

respostas de recursos humanos devidamente credíveis e capacitadas.

O CDS, em relação a isto, com certeza que põe a preocupação com os utentes em primeiro lugar, mas

entende que é o Governo que deve fazer as considerações sobre o planeamento, o local mais adequado e os

recursos de que deve ser dotado, porque, insisto, não temos para estas pessoas a visão de que é apenas uma

questão de edifício e, já agora, ocupa-se este.

Quero com isto dizer que não temos nenhuma preocupação dogmática ideológica para dizer que tenha de

ser o setor público social ou privado a dar a resposta ao utente, porque, sim, é a resposta a esse utente que

deve constituir a prioridade. Se o Governo, que é quem deve fazer este estudo, entender que é o Hospital

Psiquiátrico de Lorvão a melhor resposta para esta região…

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Tem de terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Vou terminar, Sr. Presidente.

Como dizia, se o Governo entender que é o Hospital Psiquiátrico de Lorvão a melhor resposta para esta

região, que, insisto, é deficitária nesta matéria, com certeza que não nos oporemos. Entretanto, achamos que o

Governo deve fazer o seu papel, deixar de fazer promessas que não cumpre e olhar para as pessoas com

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