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30 DE NOVEMBRO DE 2019

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O Sr. Nelson Peralta (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O Bloco de Esquerda saúda a greve

climática estudantil. Hoje, centenas de milhares de jovens, no País e por todo o globo, saíram com uma

mensagem muito clara: não há tempo para esperar, a ação climática é urgente. É por isso mesmo que estamos

ao lado destes jovens.

E que ninguém diga que as gerações mais novas não querem saber do nosso futuro coletivo. Eles estão ali

a protestar, a exigir ação concreta. Saibamos ouvir!

É também essencial saber que este Parlamento e também o Parlamento Europeu fizeram já a declaração de

emergência climática.

Mas não bastam atos simbólicos. Essa declaração é de máxima importância, mas também são necessárias

políticas concretas que façam aplacar a crise climática.

Ouçamos também o que os jovens disseram, hoje, aqui à frente da Assembleia da República. Disseram eles

que quem mais sofre com as alterações climáticas são as camadas mais pobres, precisamente aquelas que

menos contribuem para as alterações climáticas.

É por isso que a resposta à crise climática é uma resposta de justiça na economia, de justiça climática e de

políticas de igualdade.

Saibamos ouvir estes jovens! Saibamos estar à altura dos desafios que o planeta enfrenta!

Sabemos também que apenas 100 empresas em todo o mundo são responsáveis por 70% das emissões de

gases com efeito de estufa. Sabemos, portanto, que é muito fácil resolver o problema. Mas é preciso mudar as

regras da economia, mudar as regras do jogo, para que a humanidade, a vida selvagem e o planeta tenham

futuro.

Saibamos, portanto, estar à altura deste desafio!

Começa na próxima semana a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, em Madrid.

Esperemos que os líderes mundiais aí reunidos saibam, pela primeira vez, fazer também ação climática e

corresponder às expectativas destes jovens, às expectativas do planeta e garantir que vamos mudar o sistema

para não mudar o clima.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana Silva, do Grupo Parlamentar do Partido

Ecologista «Os Verdes».

A Sr.ª Mariana Silva (PEV): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Os Verdes saúdam todos os jovens

que participaram nas diversas manifestações por todo o País.

Os jovens reclamam uma mudança clara nas políticas ambientais que abrangem todas as áreas. É

necessário retirar do papel as medidas de proteção da natureza e da biodiversidade e não permitir que o

capitalismo continue a prevalecer sobre os valores ambientais.

Esta é mais uma etapa importante que nesta Casa se iniciou com uma proposta de Os Verdes, para que

Portugal tomasse medidas para cumprir o Protocolo de Quioto e para que esse combate fosse contra as

alterações climáticas.

Passados 20 anos, Os Verdes dizem: «Sejam bem-vindos a esta batalha, que é de todos!»

Aplausos do PEV e do PCP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Alma Rivera, do Grupo Parlamentar do PCP.

A Sr.ª Alma Rivera (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: O Grupo Parlamentar do PCP gostaria de

saudar todos os estudantes que estiveram e estão na luta, há tanto tempo, contra a degradação ambiental.

Desde sempre, afirmámos que o capitalismo não é «verde» e alertámos para a necessidade de encontrar

outras formas de desenvolvimento. Mas a verdade — e é aqui que se decide muita coisa — é que «não se fazem

omeletes sem ovos». É preciso avançar para medidas concretas. É preciso continuar a reduzir os custos do

transporte público, com vista à transição do transporte individual para outras formas de transporte. É preciso

continuar a defender o rio Tejo e a gestão pública da água.

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