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I SÉRIE — NÚMERO 13

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O Sr. João Dias (PCP): — Muito bem!

A Sr.ª Alma Rivera (PCP): — É preciso combater a privatização dos recursos naturais. É preciso valorizar

as áreas protegidas. É preciso criar a rede de acolhimento para animais exóticos e alargar a rede de acolhimento

para os animais abandonados. É preciso combater a obsolescência programada,…

O Sr. João Dias (PCP): — Muito bem!

… que visa apenas o lucro e não a satisfação de necessidades. É preciso que os recursos naturais sejam

públicos, nomeadamente a água. É preciso garantir investigação científica pública para conseguirmos avançar

no sentido de um desenvolvimento sustentável. É preciso que as relações económicas entre Estados,

contrariamente àquela que tem sido a política da União Europeia, sejam de complementaridade e não de

competição.

O sistema capitalista explora as pessoas e explora os recursos, sem limitações. Há quem queira fazer da

preocupação com o ambiente um negócio — vejam lá que eles querem transacionar licenças de emissão de

carbono!

Mas o nosso objetivo não é o lucro, o nosso objetivo é o bem-estar das pessoas e das populações, e tem de

ser isso que devemos combater.

É por isso que, como ouvimos nas manifestações, é preciso mais ações e menos palavras. Ou esta Casa

está com os interesses dos grandes grupos económicos, e tem de assumi-lo, ou está do lado das pessoas, do

lado do equilíbrio ambiental e dos ecossistemas.

O apelo que o PCP deixa é um apelo para a ação e não para as palavras.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Por fim, tem a palavra o Sr. Deputado Telmo Correia, do Grupo Parlamentar do CDS-

PP.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Em primeiro lugar, quero dizer

que, obviamente, para nós, a questão climática — digo a «urgência climática», que, de resto, me parece uma

expressão mais adequada do que a expressão «emergência climática» — é um tema importante, um tema

essencial, não temos a menor dúvida sobre isso. De resto, partilhamos muitas das preocupações que têm sido

expressas em fóruns europeus. Registamos, por exemplo, que, ainda recentemente, a própria OCDE sublinhou

a relação óbvia entre o desenvolvimento social e económico e a questão da urgência climática.

Sabemos que existem mais de 1000 milhões de pessoas no mundo sem acesso à eletricidade e sabemos

também que é nos países mais pobres que essa dificuldade é maior, onde é mais difícil não recorrer aos

combustíveis fósseis, e que, por isso, as nações mais desenvolvidas e os países mais ricos devem suportar,

inclusive financeiramente, esse avanço e esse desenvolvimento para a proteção do planeta e para a

necessidade de evitarmos a todo o custo o aquecimento global.

Essa é a nossa posição — sobre isso não haja dúvidas, sobre isso não haja hesitações. Temos uma posição

firme e clara nessa matéria, de quem acredita, inclusivamente, que desenvolvimento económico,

desenvolvimento social e proteção do ambiente começam em cada uma das nossas terras. E, obviamente,

ambiente e desenvolvimento não podem, nem devem, ser incompatíveis. É isso que pensamos e não temos a

menor dúvida sobre isso.

Em segundo lugar, vemos como positiva a preocupação das novas gerações: o facto de olharem de uma

forma diferente para esta matéria, o facto de serem mais sensíveis, como aqui foi dito, o facto de serem mais

ativos nesta matéria.

Mas que fique claro o seguinte: nós achamos bem a participação cívica, mas não acompanhamos três coisas

essenciais. Primeiro, não acompanhamos as visões mais radicais, mais fundamentalistas e mais extremistas

nesta matéria. Segundo, não acompanhamos a ideia de que o Parlamento dos representantes eleitos do povo

português deve apelar a que os jovens, para resolver a questão climática, não vão às aulas…

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