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I SÉRIE — NÚMERO 17

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O Sr. Presidente: — … digo 17 —, sendo outros 3 votos de um outro Deputado único representante de um

partido, o que quer dizer que mais de metade destes votos são de Deputados únicos.

Portanto, o que queria, pura e simplesmente, dizer-vos é o seguinte: da mesma maneira que há uma

prioridade imediata para a revisão do Regimento no que tem que ver com a situação e com o estatuto dos

Deputados únicos representantes de partidos — e isso será, certamente, aprontado de forma a que, em janeiro,

possamos ter um novo estatuto para todos estes Deputados —, solicito ao Grupo de Trabalho que está

encarregue destas questões que também coloque como imediata prioridade, a seguir à primeira prioridade, que

é, obviamente, necessária e urgente, a questão dos votos, porque isto não pode continuar assim, nem deve,

continuar assim, a bem da Assembleia da República.

Aplausos do PS, do IL, do L e de Deputados do PSD, do BE, do CDS-PP, do PCP, do PAN e do PEV.

Vamos, pois, começar esta tarefa.

Como é hábito, iremos começar pelos votos de pesar, que têm, evidentemente, uma lógica bastante diferente.

Começamos pelo Voto n.º 94/XIV/1.ª (apresentado pelo PAR e subscrito por Deputados do PS) — De pesar

pelo falecimento de Carlos Amaral Dias, que vai ser lido pela Sr.ª Secretária Maria da Luz Rosinha.

A Sr.ª Secretária (Maria da Luz Rosinha): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«Foi com profunda tristeza que as Deputadas e os Deputados à Assembleia da República tomaram

conhecimento do falecimento, no dia 3 de dezembro, do psicanalista e professor Carlos Amaral Dias.

Nascido em Coimbra, em 26 de agosto de 1946, Carlos Augusto Amaral Dias era professor catedrático da

Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC), escola em que se

doutorou após a licenciatura em Medicina, com especialização em Psiquiatria.

Foi diretor do Instituto Superior Miguel Torga e professor do Instituto Superior de Psicologia Aplicada, em

Lisboa, tendo colaborado com as Universidades de Wisconsin, nos Estados Unidos da América, e de Porto

Alegre, no Brasil.

Foi também presidente da Sociedade Portuguesa de Psicanálise e da Sociedade Portuguesa de Psicodrama

Psicanalítico de Grupo, vice-presidente da Academia Internacional de Psicologia e coordenador do Nusiaf

(Núcleo de Seguimento Infantil e Ação Familiar).

Carlos Amaral Dias distinguiu-se ainda como autor de importantes obras, como O Inferno Somos Nós —

conversas sobre crianças e adolescentes, Modelos de Interpretação em Psicanálise, Freud para Além de Freud,

Bion Hoje, O Obscuro Fio do Desejo ou Para uma Psicanálise da Relação.

Além de ter dirigido a Revista Portuguesa de Psicanálise, Carlos Amaral Dias desenvolveu igualmente

atividade na comunicação social, com programas radiofónicos na Antena 1 e na TSF e comentários televisivos

regulares.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, expressa o seu pesar pelo falecimento de Carlos

Amaral Dias, endereçando aos familiares e amigos as suas mais sinceras condolências.»

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar este voto.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade, registando-se a ausência do CH.

Passamos ao Voto n.º 111/XIV/1.ª (apresentado pelo BE) — De pesar pelas mortes de Firmino Guajajara e

de Raimundo Guajajara, que vai ser lido pelo Sr. Secretário Nelson Peralta.

O Sr. Secretário (Nelson Peralta): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«Firmino Prexede Guajajara e Raimundo Benício Guajajara foram assassinados, a 7 de dezembro, nas terras

indígenas Cana Brava, no estado do Maranhão, Brasil. No mesmo ataque, mais quatro pessoas ficaram feridas.

Estes cidadãos regressavam de uma reunião com uma empresa de produção elétrica, onde estiveram a

defender os seus direitos, quando foram atacados a tiro a partir de um carro em movimento.

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