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I SÉRIE — NÚMERO 26

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O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — O senhor é que deveria explicar por que motivo, entre baixar o IVA em

outubro ou não o baixar, o senhor prefere não baixar o IVA da eletricidade para os portugueses.

Aplausos do PSD.

Explique isso aos portugueses, mas também lhe digo isto: vamos votar «sim» a vossa proposta porque

queremos mesmo baixar o IVA aos portugueses.

Aplausos do PSD.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — E retiraram a vossa proposta porquê?!

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado José Luís Carneiro, do PS.

O Sr. José Luís Carneiro (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados:

Queria reiterar neste Parlamento que o Governo e o Partido Socialista também querem a redução dos custos

da energia.

Vozes do PSD: — Ah!…

O Sr. José Luís Carneiro (PS): — E a prova de que ambos querem a redução dos custos da energia é que,

hoje, mais de 800 000 famílias beneficiam da tarifa social da energia, o que significa uma conquista das políticas

do PS e do Governo do Partido Socialista.

Aplausos do PS.

Protestos dos Deputados do PSD Afonso Oliveira e Paulo Neves.

Mas queremos a redução dos custos da energia com um elevado sentido de responsabilidade.

É legítimo que, na discussão, na generalidade, da proposta do Orçamento do Estado, o Partido Social

Democrata tenha manifestado a sua posição de votar contra essa proposta. É legítimo, pois apresentou um

programa eleitoral que foi derrotado nas eleições e a proposta que o Governo apresentou não corresponde ao

compromisso eleitoral do Partido Social Democrata.

Mas o que é totalmente ilegítimo é querer, por portas travessas, condicionar a proposta do Orçamento do

Estado que está a ser discutida.

Aplausos do PS.

Protestos do Deputado do PSD Duarte Marques e da Deputada do CDS-PP Cecília Meireles.

É também incompreensível para as portuguesas e para os portugueses que nos ouvem nas suas casas que,

numa altura em que o Primeiro-Ministro do País está em Bruxelas a tentar evitar cortes nos fundos de coesão

para o próximo ciclo de quadros comunitários de 1700 milhões de euros para os próximos sete anos, numa

altura em que fazemos este esforço, haja propostas neste Parlamento que querem deitar pela janela 800 milhões

de euros de receita por ano.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

Ou seja, o que propõem a este Parlamento é um corte numa receita estrutural superior a 3,2 milhões de

euros.